O papel da preservação do nervo intercostal no controle da dor aguda pós-toracotomia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marchetti Filho, Marco Aurelio [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22890
Resumo: Apesar da crescente utilizacao de tecnicas minimamente invasivas para abordagem das doencas toracicas, a toracotomia ainda se constitui em uma via de acesso insubstituivel em muitas situacoes. A queixa recorrente dos pacientes submetidos a toracotomias e de dor, desde o pos-operatorio inicial e muitas vezes persistente nas consultas ambulatoriais. Adotam-se algumas medidas, com resultados, muitas vezes insatisfatorios, para minimizar esse sintoma como, a anestesia peridural toracica e variantes na tecnica cirurgica. O objetivo desse estudo foi o de avaliar se a disseccao do feixe neurovascular, previamente a colocacao do afastador de Finochietto, e o cuidado de nao esmagar o nervo intercostal (sutura subperiostal) durante o fechamento da toracotomia sao medidas eficazes na minimizacao da dor no pos-operatorio intra-hospitalar (ate o quinto dia). Foram selecionados 40 pacientes candidatos a toracotomia eletiva na Disciplina de Cirurgia Toracica da Escola Paulista de Medicina, randomizados em dois grupos de 20 pacientes para submeterem-se a toracotomia convencional sem os cuidados de protecao do feixe neurovascular, e 20 pacientes nos quais se protegia o feixe. Todos os pacientes foram operados pela tecnica de toracotomia poupadora da musculatura, submetidos a anestesia peridural toracica com cateter que foi retirado no terceiro dia de posoperatorio. Pela caracteristica subjetividade da dor, sua avaliacao em posoperatorio nao e tarefa facil. Optamos como estrategia de analise pela utilizacao da Escala Visual Analogica (EVA) e a medida do consumo de analgesicos de demanda no pos-operatorio (cloridrato de tramadol e dipirona sodica). Os resultados do estudo apontaram que as medidas de protecao do feixe neurovascular foram efetivas na diminuicao da dor, na comparacao nos escores da EVA, sendo que no quinto PO com significancia estatistica (3,29-grupo convencional x 1,50-grupo com protecao, p=0,04). Quando medimos o consumo de analgesicos, os resultados foram equivalentes nos dois grupos. Concluimos que a variacao na tecnica, quando se protege o feixe neurovascular previamente a colocacao do afastador e o cuidado de nao comprimir o feixe no fechamento da toracotomia sao medidas simples e de rapida execucao que podem minimizar a dor no pos-operatorio intra-hospitalar de pacientes submetidos a toracotomia.