Expectativas de aproveitamento da perspectiva Histórico Cultural no âmbito da Educação Inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Natália, Amorim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63554
Resumo: Esta pesquisa se refere à análise das expectativas de docentes e equipe gestora de uma Unidade Escolar, bem como, de gestoras da Equipe de Educação Inclusiva do município de Santo André / SP, quanto ao trabalho e atuação convergente à perspectiva teórica: Histórico Cultural, com base nos estudos de Lev Vigotski, que foi eleita por essa Rede de Educação como base para uma nova estrutura curricular. A análise das expectativas sobre este escolha teórica interessa especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento desse legado crítico no âmbito da Educação Inclusiva, tendo em vista que essa reforma educativa impacte a práxis docente com efeitos específicos neste campo. Desta forma, teve como objetivo geral o levantamento da expectativa de professores e gestores a respeito do potencial de uma perspectiva teórica para a reorganização curricular da educação pública e suas estratégias para educação de crianças com deficiência. Os capítulos que antecedem a metodologia trazem uma retomada da Educação Inclusiva no Brasil e no município em questão, sob uma perspectiva crítica; dialogando com autores internacionais como Elias (2000), e nacionais, como Freitas (2005; 2014; 2017; 2020), para discutir a questão dos lugares sociais e das subjetividades que se apresentam nas práticas escolares. Há ainda, um capítulo voltado à concepção Vigotskiana, no qual é proposto um diálogo entre esta teoria e as práticas, do chão da escola, por vezes, tão cheias de modelos introjetados, voltados para o capacitismo e para a produção. Para a coleta de dados, contou-se com entrevistas qualitativas, em dois grupos de discussões, com as seguintes perguntas: O que você conhece e espera da concepção pedagógica chamada: Histórico – Cultural? Como você acredita que tal base teórica possa contribuir para o processo de aprendizagem dos alunos? Qual sua expectativa quanto à sua atuação nessa perspectiva teórica em relação aos alunos com deficiências? As perguntas foram abertas, estruturantes e disparadoras a fim de proporcionar o aprofundamento da análise. Para melhor interpretação dos dados coletados, eles foram analisados a partir de três categorias, que resultaram na leitura de uma baixa expectativa de efetivação do documento, uma vez que a partir dos diálogos surgidos nos grupos, foi considerado que sua concretização esbarra na realidade da identidade docente, formação inicial e continuada; na questão política administrativa e em relação ao conhecimento acerca da perspectiva, além da percepção e preocupação com o fato da concepção de sujeito enquanto ser biológico ainda se fazer presente e arraigada nos diálogos da rede. Assim, a formação continuada foi analisada como ponto central para efetivação da proposta curricular.