Investigação de mecanismos de formação de rearranjos intracromossômicos e sua relação com o fenótipo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Bruna Ferreira Burssed dos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69197
Resumo: Introdução: As alterações cromossômicas estruturais decorrem de quebras e rearranjos nos cromossomos, podendo alterar a quantidade de material genético presente na célula. Os rearranjos intracromossômicos envolvem apenas um cromossomo, podendo haver inversões, cromossomos em anel e rearranjos intrabraço, como inserções intrabraço e rearranjos do tipo inv dup del, esses caracterizados por uma duplicação invertida associada com uma deleção terminal. Diversos mecanismos têm sido descritos para explicar a formação de rearranjos cromossômicos, dentre eles a Recombinação Homóloga Não-Alélica (NAHR) e a União de Extremidade Não-Homóloga (NHEJ). A análise da sequência do DNA nos pontos de quebra das alterações cromossômicas pode revelar seus mecanismos de formação bem como apontar fatores de risco pois pode expor características relacionadas a mecanismos de reparo do DNA que moldam os rearranjos cromossômicos. Objetivo: Estudar rearranjos cromossômicos raros envolvendo simultaneamente deleções e duplicações intracromossômicas. Métodos: Seis pacientes com duplicações e deleções intracromossômicas foram investigados por meio de cariotipagem, array genômico de catálogo e customizado, hibridação in situ fluorescente (FISH), sequenciamento do genoma completo e sequenciamento de Sanger. Resultados: Três pacientes tiveram seus rearranjos completamente caracterizados e seus pontos de quebra sequenciados. Um deles apresentou um rearranjo mais complexo do que o esperado formado por mecanismo de replicação que resultou na inserção de um fragmento mais distal a um dos pontos de quebra e que deveria estar deletado mas que se encontrava no ponto de junção. Dois deles apresentaram rearranjos do tipo inv dup del com um espaçador entre as duplicações e presença de micro-homologia, sendo proposto o mecanismo Fold-back para suas formações. Outro paciente teve parte de seu rearranjo complexo caracterizado apesar da discordância entre arrays devido à presença de Low Copy Repeats (LCRs). Nos dois pacientes com cromossomo em anel foi revelada a presença de uma duplicação seguida por uma deleção terminal. Conclusões: A realização de diversas técnicas permitiu uma análise detalhada dos diferentes rearranjos dos pacientes, o que possibilitou a inferência de seus possíveis mecanismos de formação e a realização da correlação dos desequilíbrios cromossômicos com os fenótipos dos pacientes.