Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Zoia, Melissa [UNIFESP] |
Outros Autores: |
Costa, Melissa Zoia Fernandes [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67436
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Resumo: |
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica relacionada com a deficiência absoluta ou relativa de insulina. Sua principal característica é a hiperglicemia, que pode gerar diversas comorbidades, tendo impactos sobre a qualidade de vida. O diabetes tipo 1 necessita de tratamento baseado na administração exógena de insulina. Basicamente, esta administração pode ocorrer por injeções múltiplas ou por meio de sistemas de infusão contínua. Cada método pode promover impactos distintos sobre a qualidade de vida das pessoas com DM-1. Assim, este estudo tem por objetivo analisar aspectos da saúde e qualidade de vida de dois grupos de pacientes: usuários do sistema de infusão contínua (SIC) e usuários do método de múltiplas injeções diárias (MID). Foram incluídos 308 voluntários portadores de DM-1, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 59 anos e que utilizavam o método há pelo menos 12 meses, sendo 140 do grupo SIC e 167 do grupo MID. É um estudo transversal, que aborda aspectos quantitativos e qualitativos. Os voluntários preencheram um formulário com questões referentes à condição sociodemográfica, avaliação da qualidade de vida (Whoqol Bref), prática de atividades físicas (IPAQ) e perguntas relacionadas a DM-1. A comparação entre as proporções foi avaliada pelo teste Qui-Quadrado (X²) e teste exato de Fischer. Para comparação entre os grupos, os dados foram analisados por meio do teste t de Student. Em todas as comparações foi considerado um nível de significância de 5%. Os resultados registraram que 54,5% dos participantes fazem uso de MID e 45,5% utilizam SIC. Outro aspecto observado é que 79,9% dos participantes são do sexo feminino e 20,1% do sexo masculino, com idade média de 31±9,1. O nível de escolaridade é relativamente elevado, onde a maioria possuí ensino superior ou pós-graduação. Quanto aos episódios de hiperglicemia e hipoglicemia, houve resultados semelhantes nos dos grupos. Quanto ao nível de atividade física (Ipaq), a maior parte foi classificada como Irregularmente Ativos A, sem diferenças entre os grupos. A qualidade de vida, quando avaliada pela autopercepção do participante, foi relatada pela maioria como boa ou muito boa, sem diferenças significativas. Quando avaliada pelo Whoqol, no domínio autoavaliação da QV, observou-se aumento nesse domínio para o grupo SIC. Contudo, a partir dos resultados quantitativos, não há elementos que possam confirmar, de forma robusta, que um dos dois métodos (SIC ou MID), isoladamente, tenha maior impacto sobre a qualidade de vida, engajamento social ou nível de atividades físicas de pessoas com DM-1. É possível que renda, escolaridade, possibilidade de escolhas, acesso aos insumos e outros aspectos da vida, tenham mais influência sobre a qualidade de vida, do que o método de tratamento, isoladamente. Porém, nossos resultados qualitativos indicam que esse tema precisa ser aprofundado por pesquisas futuras, já que boa parte dos usuários de MID manifestam desejo de trocar de método, ao contrário do grupo SIC. |