FANTASMAS EM PALIMPSESTO: leituras a partir de "Noite dentro da noite", de Joca Reiners Terron
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10809875 https://hdl.handle.net/11600/62120 |
Resumo: | Este trabalho desenvolve dois prismas de leitura complementares e interdependentes a partir de uma leitura crítica de Noite dentro da noite (2017), romance de Joca Reiners Terron: os fantasmas e os palimpsestos. Para tanto, investiga as bordas porosas entre texto e imagem, história, memória e imaginação presentes no romance, uma obra de narrativa fragmentada em que cada capítulo é introduzido por uma fotografia em branco e preto rasurada. Enquanto o primeiro prisma, dos fantasmas, possibilita pensar os entrelaçamentos entre fantasia, imaginação, trauma e memória, o segundo, dos palimpsestos, circunscreve os procedimentos construtivos do romance, pensando a voz narrativa enquanto montagem intertextual de vozes e temporalidades. Composto como um percurso metalinguístico, o trabalho inicia-se por uma reflexão sobre os lugares da leitura e pela elaboração de um modo de ler crítico a partir do contato que propõe o semiótico Robert Scholes, via Roland Barthes, entre as noções dialéticas de “texto da obra” e “texto da vida”. Avança em seguida para o desenvolvimento dos dois prismas propostos, em um trajeto que passa pelas noções psicanalíticas de trauma e fantasia; pelas reflexões que fazem Luiz Costa Lima e Daniel Link sobre a imaginação e a memória; pelos sintomas, sobrevivências e anacronismos que propõe Georges Didi-Huberman e Giorgio Agamben via Walter Benjamin e Aby Warburg; e pelo conceito linguístico da intertextualidade. Ao dialogar com tais referências, acolhendo elementos múltiplos ao longo da leitura da obra de Terron, o trabalho propõe uma costura que reflete dialeticamente tanto a obra lida quanto a construção desta leitura, apontando, em sua conclusão, no sentido de um lugar inespecífico. |