Efeitos do estresse agudo sobre o comportamento de ratos no labirinto em T elevado, imunorreatividade à proteína FOS e concentrações séricas de corticosterona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Andrade, José Simões de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58860
Resumo: Resultados de estudos anteriores sugerem que o estresse agudo por restrição facilita respostas de esquiva medidas no modelo do labirinto em T elevado (LTE), um efeito ansiogênico. Por outro lado, as respostas de fuga se mantêm inalteradas. Tendo em vista que diferentes estruturas encefálicas parecem ser ativadas pela exposição dos animais às tarefas de esquiva e fuga do LTE, é possível que as diferenças comportamentais observadas sejam decorrentes dos diferentes mecanismos neurobiológicos que são ativados pela exposição ao estímulo estressor. No presente estudo, análise da imunorreatividade à proteína fos (fos-ir) foi utilizada para mapear as áreas encefálicas ativadas pela exposição ao estresse por restrição (30 minutos) em animais submetidos às tarefas de esquiva ou fuga do LTE 30 minutos após o procedimento de estresse. O comportamento destes animais, bem como a análise de fos-ir foi comparado com o de animais controle, não submetidos ao estresse por restrição. Concentrações séricas de corticosterona foram dosadas em grupos de animais não-estressados e estressados, com o intuito de verificar se o estresse por restrição ativava o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, conforme descrito na literatura. Confirmando resultados anteriores, o estresse por restrição facilitou as respostas de esquiva no LTE, efeito ansiogênico, mantendo inalteradas as respostas de fuga. Animais não estressados submetidos à tarefa de esquiva do LTE apresentaram maior fos-ir no córtex frontal, no septo laterointermediário, na amígdala basolateral, na amígdala basomedial, na amígdala lateral, hipotálamo anterior e núcleo dorsal da rafe. Por outro lado, na tarefa de fuga do LTE, os animais não estressados apresentaram maior fos-ir no hipotálamo ventromedial, na substância cinzenta periaquedutal dorsolateral e no locus ceruleus. Ambas as tarefas produziram um aumento na fos-ir no hipotálamo dorsomedial. O estresse agudo por restrição aumentou significativamente as concentrações séricas de corticosterona. No grupo de animais estressados e submetido à tarefa de esquiva houve maior fos-ir na amígdala basolateral e no núcleo dorsal da rafe. Esses dados confirmam que diferentes estruturas encefálicas são ativadas pelas diferentes tarefas (esquiva ou fuga) do LTE e demonstram que o estresse agudo por restrição altera seletivamente respostas de esquiva e a fos-ir em estruturas que tem sido tradicionalmente relacionadas à modulação destas respostas.