Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, José Maria Gonçalves [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9741
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Resumo: |
Introdução: 0 índice de Performance Miocárdica (IPM) ou índice de Tei tem sido utilizado na avaliação da função de ventrículo esquerdo em diversas doenças. A sua utilidade nos pacientes com disfunção diastólica isolada tem sido questionada e ainda não esta definitivamente estabelecida. Objetivo: avaliar a utilidade do IPM em pacientes com hipertensão arterial sistêmica com alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo e fração de ejeção normal. Métodos: Foram consecutivamente selecionados 30 indivíduos saudáveis (14 homens, 40 ± 12 anos) com ecocardiograma normal (grupo I) e 30 pacientes (13 homens, 68 ± 9,6 anos) hipertensos com critérios para disfunção diastólica (grupo II) definidos como: relação E/A < 1,0 e pelo menos outros dois dos seguintes critérios: tempo de desaceleração da onda E (TDE) > 220 ms; velocidade longitudinal miocárdica de enchimento rápido septal (Em) < 8 cm/s e a relação entre Em e a velocidade longitudinal de contração atrial (Am) no anel mitral septal (Em/Am) < 1. Resultados: as grupos não apresentaram diferenças significantes em relação ao sexo (masc./fem.: 14/16 vs. 13/17 ;p:1,0), superfície corpórea (1,75 ± 0,18 m2 vs. 1 ,vs. 1,68± 0,17 m2 ;p:O,17) e fração de ejeção (65 ± 5,2 vs. 66,6 ± 6,2 por cento; p:0,61). No grupo II foram significantemente maiores em relação ao grupo I: frequência cardíaca (66 ± 9,2 vs 72 ± 8,4 bpm; p:0,0083), pressões arteriais sistó1ica (112 ± 15 vs 154 ± 20 mmHg; p<0,0001) e diastólica (67 ± 8,8 vs 82 ± 12 mmHg; p<0,0001), diâmetro do átrio esquerdo (30 ± 2,9 vs. 34,4 ± 3,73 mm; p<0,0029) à custa do aumento do tempo de relaxamento isovolumétrico (103 ± 42 ms vs 82 ± 18 ms; p:O,0001) sem variações significativas no tempo de contração isovolumétrica e no tempo de ejeção. Os melhores preditores do IPM no grupo hipertenso foram a ERP; diâmetro do átrio esquerdo, onda E, relação E/A e as ondas Sm e Em enquanto que na análise multlvariada apenas a ERP e as ondas E e Sm foram preditores independantes do IPM. Utilizando curvas ROC para separar os pacientes com disfunção diastólica dos do grupo-controle, a área sob a curva (ASC) do IPM foi de 0,70 ± 0,07 (IC: 0,56 - 0,83); com um valor de corte ≥ 0,40, os pacientes com disfunção diastólica foram identificados com sensibilidade de 63 por cento (IC95%: 44 por cento -80 por cento) e especificidade de 70 por cento (IC95% por cento: 51 por cento - 85 por cento). Por sua vez, 0 TRIV produziu ASC de 0;76 ± 0;06 (IC: 0,64 a 0,88) e com um valor de corte de 94 ms, os pacientes com disfunção diastólica foram identificados com sensibilidade de 67 por cento e especificidade de 80 por cento. Conclusão: 0 índice de performance miocárdica foi significantemente elevado nos pacientes hipertensos com disfunção diastólica e fração de ejeção normal, porém não foi superior ao TRIV no diagnóstico de alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo. |