Análise morfológica do ventrículo esquerdo de ratos jovens após lesão térmica por escaldadura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Taffarel, André Andriolli [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2722397
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46371
Resumo: A lesão térmica está entre os traumas mais recorrentes em crianças e adolescentes, tendo crescido como tema de pesquisa já que a abrangência de seus efeitos sistêmicos ainda não é completamente compreendida. A característica mais evidente deste trauma corresponde à extensa destruição de tecidos, levando o organismo aos limites do estresse com a ativação de processos inflamatórios e catabólicos. A hipótese desse estudo é que a morfologia cardíaca em modelo experimental jovem de lesão térmica possa sofrer alterações relacionadas à remodelação do miocárdio. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo foi compreender os mecanismos celulares envolvidos na alteração tecidual do miocárdio em um modelo experimental jovem de lesão térmica em mais de 40% da área de superfície corporal. Foram utilizados 36 ratos jovens distribuídos nos seguintes grupos: controle (C) e lesão térmica por escaldadura (LTE) e posteriormente redistribuídos em avaliações com 1, 4 e 14 dias após a lesão. Ao final dos períodos, os corações foram retirados e submetidos à análise histológica (Hematoxilina-Eosina), análise dos colágenos I e III (Picro-Sírius) e imunohistoquímica para as expressões da COX-2, MMP-2, MMP-9 e 8-OHdG. Os animais LTE4 e LTE14 apresentaram menor ganho de massa que o grupo C4 e C14 no decorrer do experimento. A análise histopatológica dos animais do grupo C revelou aspecto histológico normal, enq uanto os animais do subgrupo LTE1 apresentaram alterações como infiltrado inflamatório, espaço intercelular aumentado e congestão dos vasos sanguíneos. O subgrupo LTE4 apresentou exsudato eritrócitário entre os cardiomiócitos e congestão dos vasos sanguíneos; já o subgrupo LTE14 apresentou infiltrado eritrocitário, neutrófilos no interior de vasos e cardiomiócitos em degeneração. Os achados da morfometria revelaram uma maior espessura dos cardiomiócitos no grupo LTE1 quando comparado ao C1 e que não houve diferença estatística na área de perfil celular entre os grupos C e LTE. A análise histopatológica dos tipos de colágeno I e III não exibiu diferença entre os grupos. Os achados imunohistoquímicos evidenciaram maior imunomarcação para a COX-2 para o grupo LTE em todos os dias investigados. As imunomarcações da MMP-2 e MMP-9 não apresentaram diferenças entre os grupos investigados e para a 8-OHdG, não houve imunomarcação tanto para o grupo C quanto para o grupo LTE. Concluiu-se que a lesão térmica por escaldadura em mais de 40% da área total de superfície corporal queimada causou alterações histopatológicas no miocárdio do ventrículo esquerdo de ratos condizentes com uma resposta inflamatória e relacionada à imunoexpressão de COX-2. Os achados morfométricos e da avaliação do colágeno, MMP-2 e MMP-9 caracterizaram que, apesar da inflamação, não ocorreu remodelação do miocárdio.