Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nejm, Mariana Bocca [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23136
|
Resumo: |
A epilepsia do lobo temporal (ELT) e a forma mais comum de epilepsia em humanos e altamente refrataria ao tratamento farmacologico. Cada vez mais surgem evidencias que correlacionam as lesoes neuronais observadas na epilepsia com um excesso na producao de radicais livres (estresse oxidativo). Os acidos graxos poliinsaturados (PUFAs) sao importantes para o desenvolvimento e manutencao das funcoes do sistema nervoso central. Dados previos do nosso laboratorio demonstraram que a suplementacao cronica com oleo de peixe em animais com epilepsia pelo modelo da pilocarpina, imediatamente apos o Status epilepticus (SE), apresentaram efeitos neuroprotetores e neuroplasticos. A principal proposta deste trabalho foi avaliar se a suplementacao com oleo de peixe poderia apresentar efeito protetor contra o estresse oxidativo bem como beneficios em aspectos comportamentais. Ratos machos foram submetidos ao modelo experimental de epilepsia por administracao sistemica de pilocarpina (350 mg/kg, ip) e apos 3 horas de SE, foram divididos nos seguintes grupos tratados por 90 dias: animais com epilepsia que receberam solucao veiculo (EV), solucao de 85mg/kg de oleo de peixe (EO85) ou solucao de 510mg/kg de oleo de peixe (EO510); e animais controles que receberam solucao veiculo (CV), solucao de 85mg/kg de oleo de peixe (CO85) ou solucao de 510mg/kg de oleo de peixe (CO510). Com o termino do tratamento foram realizados: analise da expressao genica no hipocampo das subunidades p47PHOX e gp91PHOX da enzima NAD(P)H oxidase e das enzimas antioxidantes superoxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx); analise da expressao proteica no hipocampo de p47PHOX e gp91PHOX, SOD e CAT; avaliacao no hipocampo da producao de anion superoxido; analise da atividade enzimatica no hipocampo e no soro da SOD, catalase, GPx e capacidade antioxidante total (TAS); dosagem no soro de malondialdeido (MDA); e, avaliacao da memoria visuo-espacial (labirinto aquatico de Morris). Em relacao a enzima pro-oxidante NAD(P)H oxidase, os animais com epilepsia apresentaram maior expressao proteica da sub-unidade p47PHOX que foi reduzida pelo tratamento com 510mg/kg de oleo de peixe; a subunidade gp91PHOX revelou efeito da interacao entre os fatores onde o tratamento (ambas as doses) associado a condicao epilepsia, foi eficaz em reduzir sua expressao proteica; e, na analise de sua atividade enzimatica, os animais com epilepsia apresentaram aumento da producao de anion superoxido nas regioes hipocampais CA1 e CA3, sendo que o tratamento (ambas as doses) promoveu diminuicao dessa EROs. Analisando o sistema de defesa antioxidante foi constatado aumento do TAS no hipocampo dos animais com epilepsia sendo que o tratamento com oleo de peixe (ambas as doses) aumentou ainda mais esse indice. A SOD mostrou aumento de mRNA nos animais com epilepsia sendo esse aumento potencializado nos animais tratados com 85mg/kg de oleo de peixe. Os animais com epilepsia ainda mostraram aumento da atividade desta enzima no hipocampo e, no soro, efeito da interacao entre os fatores onde o tratamento (ambas as doses) associado a condicao epilepsia, potencializou a atividade. A CAT revelou aumento de sua atividade enzimatica no hipocampo dos animais com epilepsia e potencializacao deste aumento nos animais tratados com 85mg/kg de oleo de peixe. Para a GPx foi encontrado no soro dos animais com epilepsia efeito da interacao entre os fatores onde o tratamento (ambas as doses) associado a condicao epilepsia, potencializou esta atividade. No teste comportamental a suplementacao com oleo de peixe (ambas as doses) diminuiu a latencia para encontrar a plataforma de chegada no ultimo dia de treino mas essa melhora nao foi sustentada pois nao houve aquisicao (probe teste) nem retencao (probe re-teste) de memoria |