Análise do valor diagnóstico da ressonância magnética multiparamétrica do fígado para a avaliação não-invasiva da hepatite autoimune

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gomes, Natália Borges Nunes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70681
Resumo: Objetivo: Avaliar o desempenho diagnóstico da RM multiparamétrica hepática (RMmp) no estadiamento da fibrose e da inflamação hepáticas em pacientes com hepatite autoimune (HAI), utilizando a histopatologia como padrão de referência. Métodos: Ao longo de 3 anos, foram estudados prospectivamente 33 doentes com HAI submetidos a biópsia hepática e a um protocolo de RMmp, incluindo mapa T1 e elastografia por RM (ERM). A fibrose e a inflamação hepáticas foram graduados por histopatologia de acordo com uma pontuação padronizada para fibrose (F0-F4) e atividade inflamatória (APP0-4). A análise estatística incluiu o teste t independente, o teste U de Mann-Whitney e a análise ROC, esta última para determinar o desempenho da RM no estadiamento da fibrose e na classificação da inflamação. Resultados: O mapa T1 sem contraste mostrou valores significativamente mais elevados em pacientes com fibrose avançada (F 0-2 vs. F 3-4; P < 0,015) e fibrose significativa (F0-1 vs. F2-4; P < 0,005) e em doentes com mais atividade inflamatória (APP 0-1 vs. APP 2-4; P = 0,048). O desempenho diagnóstico foi bom para os grupos de fibrose avançada (AUC 0,835) e significativa (AUC 0,857) e para o grupo de atividade inflamatória (AUC 0,763). O mapa T1 pós-contraste foi capaz de identificar fibrose avançada (F3-4) (P < 0,024), mas não fibrose significativa (F2-4) (P > 0,148) ou atividade inflamatória (P > 0,072). Identificámos pontos de corte para o mapa T1 pré e ERM para obter a maior sensibilidade (MxSE) e especificidade (MxSp) de acordo com o objetivo clínico desejado: Fibrose avançada 618,00 ms e 2,9 kPa (MxSE) e 806,00 ms e 7,0 kPa (MxSp); Fibrose significativa: 592,00 ms e 2,1 kPa (MxSE) e 689,00 ms e 4,6 kPa (MxSp) e Atividade inflamatória 578,00 ms e 2,2kPa (MxSE) e 654,00 ms e 3,0 kPa (MxSp). A AUC do mapa T1 após 20 minutos para fibrose avançada foi 0,822. Semelhante ao mapa T1, a ERM apresentou valores significativamente maiores em pacientes com fibrose avançada (F0-2 vs. F3-4; P < 0,001) e fibrose significativa (F0-1 vs. F2-4; ERM P < 0,004), bem como em pacientes com atividade inflamatória (AAP 0-1 vs. AAP 2-4; P = 0,015). O desempenho diagnóstico da ERM foi melhor para fibrose avançada (F3-4), AUC=0,914, com bons resultados para fibrose significativa (F2-4) (AUC 0,822) e atividade inflamatória (AAP 2-4) (AUC 0,824). Conclusão: O mapa T1 e a ERM demonstraram bom desempenho diagnóstico para detectar inflamação e fibrose em pacientes com HAI.