Efeitos da buspirona em modelos animais de discinesia tardia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Queiroz, Claudio Marcos Teixeira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/16483
Resumo: Nos ultimos dois seculos, o conhecimento sobre o sistema nervoso central expandiu-se consideravelmente, possibilitando atualmente o tratamento de muitas patologias do sistema nervoso central. Uma dessas patologias, entretanto, a discinesia tardia nao apresenta nenhum tratamento terapeutica de eficacia comprovada (Soares, 1997). A discinesia tardia e uma sindrome caracterizada por movimentos involuntarios repetitivos, normalmente envolvendo a lingua, boca e face, ocasionalmente atingindo tambem o pescoco, membros superiores e quadris. Acredita-se ser a discinesia tardia um efeito colateral da exposicao prolongada aos antipsicoticos (neurolepticos). Essa disfuncao motora Pode persistir por meses ou anos apos a retirada do tratamento com neuroleptico, podendo ate mesmo ser irreversivel (Karniol, 1979; Casey, 1985; Kane, 1995). Nesta tese de Mestrado, procuramos estudar os efeitos comportamentais da administracao de buspirona sobre modelos animais de discinesia tardia. Os modelos animais utilizados foram: [1] a supersensibilidade dopaminergica induzida por um tratamento prolongado com haloperidol e quantificada pela atividade espontanea de ratos em um campo aberto e [2] pelo comportamento estereotipado induzido pela apomorfina e [3] a quantificacao dos movimentos orofaciais de ratos apos um tratamento repetido com reserpina. O tratamento prolongado com buspirona per se (3.0 mg/kg, i.p., duas vezes ao dia, por 30 dias) nao resultou em uma supersensibilidade comportamental em nenhum dos dois modelos animais. O tratamento concomitante de buspirona foi capaz de diminuir os sintomas da supersensibilidade dopaminergica induzida pelo haloperidol (2.0 mg/kg, i.p., uma vez ao dia, por 30 dias) e quantificada pela atividade geral em campo aberto, mas nao pelo comportamento estereotipado induzido pela apomorfina. Nos experimentos agudos, apesar de a buspirona per se diminuir tanto a atividade gera em campo aberto como o comportamento estereotipado induzido pela apomorfina, a co-administracao de buspirona nao foi capaz de modificar o efeitos agudos do haloperidol sobre esses dois modelos animais. No terceiro modelo, ratos foram tratados com salina ou buspirona (3.0 mg/kg, i.p., duas vezes ao dia) e veiculo ou reserpina (O,1 mg/kg, s.c., dias intercalados) por 19 dias. No vigesimo dia, os animais foram observados para a quantificacao de seus movimentos orofaciais: frequencia de protrusao de lingua e movimentos...(au)