Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Giron, Patricia Santolia [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65779
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Resumo: |
Introdução: O tratamento do câncer de mama pode desencadear dificuldades físico-funcionais e psicológicas como dor, depressão, limitação de função do membro superior e da amplitude de movimento de ombro. A cinesioterapia é reconhecida no tratamento dessas disfunções e outra forma de tratamento é a acupuntura, porém, a maioria dos estudos avalia apenas o desfecho dor. Objetivo: Comparar a eficácia terapêutica na reabilitação de mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico por câncer de mama em estudo prospectivo randomizado que empregou três grupos distintos de tratamento, a saber: cinesioterapia, acupuntura e Stiper®, segundo os parâmetros dor, depressão, função de membros superiores e amplitude de movimento (ADM). Métodos: Setenta e nove mulheres com dor acima de 3 na escala visual analógica de dor (EVA) e com mais de 90 dias de cirurgia foram incluídas neste ensaio clínico randomizado. Foram divididas aleatoriamente em três grupos distintos que receberam tratamento semanal, durante 10 semanas, sendo o grupo I (G1) tratado com cinesioterapia padrão, terapêutica pré-definida baseada em alongamentos da musculatura cervical, cintura escapular e exercícios para ADM de ombro com duração de 30 minutos; o grupo II (G2) foi tratado com 30 minutos de acupuntura com agulhas utilizando-se pontos pré-definidos e no grupo III (G3) empregou-se os mesmos pontos de acupuntura do grupo II, porém, utilizando- Artigos 20 se o Stiper® (pastilha de quartzo micronizado de óxido de silício) no lugar das agulhas. Resultados: Sessenta e sete pacientes completaram o tratamento, sendo 26 do G1, 23 do G2 e 18 do G3. Houve melhora estatisticamente significante da dor ao longo do tempo nos três grupos, porém, não entre os grupos. A melhora foi notada entre a primeira sessão comparada com a quinta (p < 0,001) e com a décima (p < 0,001), contudo, entre a quinta e a décima sessões não houve diferença estatisticamente significante dos níveis de dor (p = 0,624). No questionário Beck houve diferença estatisticamente significante dos sintomas depressivos ao longo do tempo nos três grupos, mas não entre os grupos. Entre a primeira sessão e a décima (p = 0,001), entre a primeira e a quinta sessão (p = 0,052), a diferença foi marginalmente não-significativa e entre quinta e a décima sessões não houve diferenças estatisticamente significante dos níveis de depressão (p=0,79). Em relação ao questionário DASH, utilizado para avaliar a capacidade funcional do membro superior, houve diferenças estatisticamente significante ao longo do tempo em todos os momentos avaliados (p<0,001) mas não entre os grupos. Em relação aos resultados da avaliação da ADM de ombro, houve diferenças estatisticamente significante ao longo do tempo em todos os movimentos avaliados. Em relação aos grupos, entretanto, não foram identificadas diferença estatisticamente significante entre eles. Conclusão: A reabilitação das disfunções físico-funcionais de mulheres sobreviventes do câncer de mama através da cinesioterapia, acupuntura e Stiper® na dor, depressão, função de membros superiores e ADM, mostrou-se eficaz, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos, o que nos leva a concluir que a acupuntura não apresentou superioridade de resultados quando comparados com a cinesioterapia, sendo assim, uma abordagem eficaz na reabilitação dessas mulheres. |