Estudo molecular dos genes da hemaglutinina e neuraminidase de cepas de vírus influenza A circulantes no período de 2001 a 2013
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2639562 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47065 |
Resumo: | Introdução: O vírus influenza A é responsável por epidemias anuais e pandemias, associadas a níveis variados de morbidade e mortalidade. As glicoproteínas de superfície, hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA), desempenham papel importante na infecção e disseminação da doença e apresentam altas taxas de mutações, por serem o principal alvo da resposta imune humoral e o sítio de atuação das drogas mais utilizadas para tratamento de influenza. Objetivos: Caracterizar por métodos moleculares a HA e NA das cepas de influenza A que circularam durante a pandemia e nos períodos pré e pós-pandêmico e avaliar a presença de mutações em diferentes grupos de pacientes atendidos em um hospital terciário de São Paulo. Material e Métodos: Realizamos um estudo transversal com 2992 amostras respiratórias coletadas entre Junho de 2001 e Outubro de 2013 de adultos e crianças com diferentes co-morbidades, atendidos em diversas unidades de assistência à saúde do Complexo Hospital São Paulo/UNIFESP. Foi realizado RT-PCR em tempo real para detecção de influenza A, utilizando o protocolo do CDC para H1N1pdm09. As amostras positivas foram submetidas a um RT-PCR em tempo real com primers específicos para a subtipagem da HA, e posteriormente a RT-PCRs convencionais para amplificação e sequenciamento dos genes completos da HA e NA pelo método de Sanger. Foram construídas as árvores filogenéticas para cada gene de cada subtipo. Resultados: A positividade geral para influenza A foi 15,4% (462/2992), sendo 15,8% (176/1111) no período pré-pandêmico, 20,9% (184/879) durante a pandemia e 10,2% (102/1002) no período pós-pandêmico; a frequencia anual de influenza variou de 4 a 34% e foi mais alta em crianças (17,5% vs 14,2% - p<0,05). Antes da pandemia de 2009, o H1N1 sazonal e o H3N2 co-circularam, variando sua prevalência em cada temporada. O H1N1 sazonal foi o subtipo mais frequente em 2001 e 2008; a partir de 2008, apresentaram as mutações permissivas e em 2009, 100% das amostras possuíam a mutação H275Y. O H3N2 apresentou variações genéticas nas 12 temporadas analisadas, muitas vezes precedendo a cepa vacinal em 1-2 anos. As substituições D222G/N na HA do H1N1pdm09 foi identificada em apenas 2 pacientes. A mutação H275Y na NA, associada à resistência ao oseltamivir, foi identificada em uma amostra de H1N1pdm09, coletada em 2012 de um transplantado renal que veio a vii óbito mesmo após tratamento de 21 dias com oseltamivir e foi considerado o provável caso índice de um surto de H1N1pdm09 na unidade de transplante renal. Os outros pacientes deste surto não apresentaram a mutação de resistência, mas todos tinham as mutações permissivas V241I e N369K, presentes em todas as cepas de H1N1pdm09 a partir de 2012. Conclusões: Variações nos sítios antigênicos da HA são frequentes nos três subtipos de influenza A. O H1N1pdm09 com mutações permissivas na NA predominam desde 2012, o que poderia contribuir para a emergência de cepas resistentes com alto potencial de transmissibilidade nos humanos. |