Análise da resposta imune celular após o direcionamento in vivo de antígenos do HIV para células dendríticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Apostolico, Juliana de Souza [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5555347
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50702
Resumo: A epidemia causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma infecção emergente das últimas décadas e, até o momento, não existe uma vacina profilática eficaz disponível. Diferentes estratégias vem sendo avaliadas como proteínas recombinantes, vetores virais, vacinas de DNA e mais recentemente, o direcionamento de antígenos para as células dendríticas (DCs). Esta estratégia é baseada em diversas características das DCs, que desempenham um papel central na indução da imunidade. O direcionamento é realizado através do uso de anticorpos quiméricos monoclonais (mAb)fusionados aos antígenos de interesse diretamente apara receptores de superfície das DCs. Em estudos prévios, nosso grupo demonstrou que a imunização de camundongos com uma vacina de DNA, codificando epítopos promíscuos para LT CD4+ do HIV-1, foi capaz de induzir resposta ampla e polifuncional de LT CD4+ e CD8+. Apesar dos resultados obtidos serem bastante promissores, as vacinas de DNA apresentam limitada imunogenicidade em humanos. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo produzir um mAb quimérico contra um receptor de superfície das DCs (DEC205) em fusão com oito epítopos para linfócitos T CD4+ do HIV (αDECHIVBr8) e uma vacina de DNA codificando os mesmos epítopos (pVAXHIVBr8). Os resultados mostraram que camundongos imunizados com αDECHIVBr8 na presença do adjuvante poly (I:C) pela via intraperitoneal (I.P) apresentaram maior frequência de LT CD4+ e T CD8+ quando comparados aos camundongos imunizados com a vacina de DNA pVAXHIVBr8. Além disso, animais imunizados com a estratégia de prime/boost heteróloga ou seja, que receberam uma dose inicial (prime) com pVAXHIVBr8 seguida de reforço (boost) com αDECHIVBr8 apresentaram superior magnitude e amplitude de células T que proliferam e produziram citocinas em resposta aos peptídeos do HIV-1 do que os animais imunizados com a estratégia de prime/boost homóloga com HIVBr8 ou a estratégia heteróloga com prime com αDEC e boost com DNA. Por último, foi avaliado a influência dos adjuvantes poly I:C, Monofosforil lipídeo A (MPL), CpG ODN e αGalactosil-ceramida (αGalcer) nas imunizações com o αDECHIVBr8. Foi possível observar que a imunização com αDECHIVBr8 na presença de poly I:C foi capaz de aumentar a expressão de moléculas coestimulatórias nas populações de DCs e induzir maior frequência de linfócitos T CD4+ e T CD8+ polifuncionais quando comparado as imunizações assistidas pelos demais adjuvantes. Baseados nestes resultados, podemos concluir que estratégias de imunização que utilizam o direcionamento de epítopos para DCs na presença do adjuvante poly I:C induzem resposta imune celular de magnitude superior. Além disso, os resultados reforçam o conceito de que o direcionamento de antígenos para DCs é uma estratégia eficiente para aumentar a resposta imune antígeno-específica, especialmente no contexto de vacinas de DNA.