Aspectos moleculares e celulares da síntese pineal de melatonina durante a gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gallo, Camila Congentino [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68978
Resumo: Introdução: A glândula pineal tem importância fisiológica fundamental na sinalização temporal dos organismos devido à síntese e secreção de melatonina durante a noite escura. Por atuar como cronobiótico e potente antioxidante, muitos processos fisiológicos são influenciados pela melatonina ao longo da vida, incluindo a gestação, período cujas concentrações séricas do hormônio aumentam consideravelmente – especialmente no terceiro trimestre –, retornando aos níveis basais logo após o parto. No entanto, os mecanismos envolvidos na regulação da síntese pineal de melatonina durante a gestação seguem pouco compreendidos. Objetivo: Este trabalho buscou analisar a via de síntese de melatonina materna de origem pineal durante a prenhez de ratas. Métodos: Fêmeas Wistar (12 semanas, 190 - 250 g) cruzaram com machos (14 semanas, 370 - 470 g) da mesma linhagem. A detecção de espermatozoides caracterizou o dia gestacional 0 (G0). Os animais permaneceram em biotério com ciclo claro-escuro 12:12 h e temperatura controlada, com água e ração ad libitum. As eutanásias foram realizadas no meio do período de escuro (ZT18) nos dias gestacionais 7 (G7), 14 (G14), 20 (G20), 1 dia pós-parto (P1), e em controles não-prenhas (CTL). Parte dos animais (n=5 animais/grupo) foi submetida à eutanásia por perfusão transcardíaca, tendo seus encéfalos coletados, processados e submetidos à análises histológicas e imuno-histoquímicas. Outra parte foi submetida à eutanásia por decapitação (n=10-19 animais/grupo) e teve suas glândulas pineais coletadas para análise de expressão gênica das enzimas da via de síntese de melatonina e de elementos da sinalização intracelular da pineal. Resultados: As análises histológicas e imuno-histoquímicas não detectaram alterações morfológicas e celulares entre os grupos. Mostramos pela primeira vez o perfil de expressão gênica de Adcy1 na pineal ao longo das 24 horas, evidenciando sua ritmicidade, aumentada durante o fotoperíodo. Também mostramos pela primeira vez o perfil de receptores para hormônios gestacionais (Esr2, Pgr e Prlr) na pineal ao longo das 24 horas. A expressão de genes envolvidos na via bioquímica de síntese de melatonina (Tph1, Aanat e Asmt) e da via de sinalização intracelular do pinealócito (Adrb1, Adra1b e Adcy1) também foram avaliados ao longo da gestação. Conclusão: As análises obtidas nos auxiliam na compreensão da fisiologia da glândula pineal durante a gestação. De maneira inédita, mostramos que a maquinaria molecular de síntese pineal de melatonina se mantém intacta durante o período gestacional, não apresentando variações nos parâmetros analisados.