Perfil dos contatos de pacientes com tuberculose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Priscilla Moraes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22760
Resumo: Estimause que um terco da populacao mundial esteja infectado pelo bacilo. Sabe-se que 10% dos adultos infectados pelo M. tuberculosis adoecerao, 5% logo apos a primoinfeccao e os outros 5% por reativacao do bacilo ou nova exposicao. O risco de adoecimento e maior nos dois primeiros anos apos a infeccao, e aproximadamente 90% dos casos de adoecimento dos contatos ocorre neste periodo. O presente estudo prospectivo teve como objetivo avaliar as caracteristicas epidemiologicas e demograficas dos contatos de pacientes com tuberculose e analisar os fatores de risco para infeccao latente e progressao para o adoecimento por tuberculose acompanhada por um periodo de dois anos no Instituto Clemente Ferreira em São Paulo. Foram analisados 339 contatos dos 140 casos indices. Realizaram a prova tuberculinica (PT) 233 adultos e 106 criancas. A taxa de ILTB entre os contatos foi de 64% e existiu uma forte associacao entre infeccao latente e a positividade da baciloscopia do caso indice. Nao se observou correlacao entre a incidencia de infeccao latente ou adoecimento entre os contatos com os outros fatores estudados (grau de convivencia, grau de parentesco, doencas associadas, tempo de contato com o caso indice bacilifero, tabagismo e etilismo). O tratamento da infeccao latente pelo Mtb foi fator de maior relevancia na progressao para tuberculose ativa entre contatos. A taxa de adoecimento entre todos os contatos foi de 5% e de 8,3% entre os reatores a prova tuberculinica. Entre todos os contatos que receberam tratamento profilatico nenhum adoeceu. Dos 87 contatos que nao receberam tratamento preventivo, 21% adoeceram. Das 11 criancas em que nao foi indicado o tratamento da infeccao latente, tres adoeceram. Entre os contatos adultos dos 76 que nao receberam tratamento para ILTB, 15 adoeceram. O tratamento da tuberculose latente e o diagnostico precoce da tuberculose ativa sao fundamentais para bloquear a transmissao que sustenta a epidemia da TB dessa forma instituir o tratamento precoce da doenca. Neste estudo observamos que 100% daqueles que receberam quimioprofilaxia nao adoeceram o que reforca a importancia do acompanhamento dos contatos e tratamento da infeccao latente nessa populacao