Novas configurações do trabalho docente na rede estadual paulista: o caso do professor mediador escolar e comunitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Galdino, Rita de Cássia Arruda [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39231
Resumo: Diante de pesquisas que apontam os crescentes índices de violência, indisciplina e conflitos no ambiente escolar, o Governo do Estado de São Paulo criou o programa intitulado “Sistema de Proteção Escolar”, com o objetivo de combater a indisciplina e a violência no interior das escolas e garantir a integridade física e patrimonial dos alunos, funcionários e servidores da rede estadual paulista. No conjunto de medidas pensadas no âmbito do referido programa, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo – SEE/SP criou uma nova função para o professor da educação básica, qual seja, a de Professor Mediador Escolar e Comunitário, doravante denominado PMEC. Com essa pesquisa, interessou-nos investigar o contexto de surgimento deste “novo profissional” no âmbito da rede estadual paulista, desde a concepção acerca desta nova função, apresentada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP), bem como as questões relativas ao processo de seleção e de atuação nas unidades escolares. Para tanto, foi realizada análise documental (textos legais, normativos, planos de trabalho do PMEC e livros de ocorrências na unidade escolar), observação do trabalho realizado pelo PMEC em uma escola estadual, durante um semestre e entrevistas semiestruturadas com as PMEC da escola selecionada e com PMEC que atuam em escolas localizadas em regiões com índices de vulnerabilidades parecidos ao da escola selecionada. Ao final da investigação comprovamos nossa hipótese de que essa nova função seja mais uma forma de reconfiguração do trabalho docente, dentre as já existentes, que altera profundamente o papel do professor no âmbito escolar e descaracteriza a profissão. Para subsidiar a nossa análise recorremos a autores que discutem temáticas como controle, intolerância, indisciplina e conflitos (ABRAMOVAY, 2005; CHARLOT, 2002; 2005; DUBET, 2004; FOUCAULT, 1996, 1997; JARES, 1997), trabalho e profissão docente (TARDIF, 2002; TARDIF, LESSARD e LAHAYE, 1991; TENTI FANFANI, 2000), bem como de pesquisadores que vêm se dedicando às temáticas apresentadas pelo programa “Sistema de Proteção Escolar”, a partir de diferentes perspectivas teóricas.