Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Costa, Edna Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72219
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Resumo: |
Fundamento: A biomassa de banana verde, rica em amido resistente, é efetiva na diminuição dos fatores de risco associados ao Diabetes Mellitus (DM), como parâmetros antropométricos e controle glicêmico, porém não está claro seu papel na modulação das incretinas e adiponectina. Objetivo: Verificar os efeitos do consumo de biomassa de banana verde nos níveis de glucagon-like peptide-1 (GLP-1), glucagon-like peptide-2 (GLP-2) e adiponectina em participantes com pré-diabetes (Pré DM) ou DM. Objetivo secundário: avaliar seus efeitos nos parâmetros antropométricos, consumo alimentar e controle glicêmico. Métodos: Participantes portadores de Pré DM ou DM (n=113) foram randomizados em grupo intervenção que recebeu orientação nutricional e 40g/dia (4,5g de amido resistente) de biomassa de banana verde ou grupo controle com orientação nutricional apenas, durante seis meses, entre os anos de 2017 e 2019. Realizou-se uma pesquisa exploratória dos participantes do grupo intervenção (n=51) onde foram analisados os exames bioquímicos, avaliação antropométrica, características da dieta e dosagens plasmáticas de GLP-1, GLP-2 e adiponectina (ELISA). Para a análise estatística foi utilizado o software R, considerando o momento basal e após intervenção do grupo todo (n=51) e subgrupos Pré DM, DM, feminino e masculino, sendo considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: Após consumo de biomassa da banana verde observamos que houve uma redução significativa por todos os participantes: glicemia (p=0,01), HbA1c (p<0,0001), glicemia média estimada (p<0,0001), circunferência de cintura (CC) (p<0,0001), circunferência de quadril (CQ) (p<0,0001), peso (p<0,0001), IMC (p=0,01) e aumento significativo da ingestão de fibras (p<0,0001). No subgrupo Pré DM houve redução da HbA1c (p<0,0001), glicemia média estimada (p<0,0001), PAS (p=0,04), CC (p=0,01), CQ (p<0,0001), peso (p<0,0001), IMC (p=0,03) e aumento na ingestão de fibras (p=0,03). No subgrupo DM houve redução da CC (p<0,0001), CQ (p=0,04) e aumento na ingestão de fibras (p<0,0001). No subgrupo feminino, redução da glicemia (p=0,01), HbA1c (p<0,0001), glicemia média estimada (p<0,0001), CC (p=0,01), CQ (p=0,03), peso (p=0,01), consumo de lipídeos (p=0,01) e aumento na ingestão de fibras (p=0,01). No subgrupo masculino: diminuição da CC (p=0,01), CQ (p=0,02), RCQ (p=0,04), Kcal/dia (p=0,01), peso (p= 0,02) e aumento na ingestão de fibras (p<0,0001). Em relação as incretinas houve aumento da secreção de GLP-1 (p= 0,04) no subgrupo masculino e de GLP-2 (p=0,02) no subgrupo DM. Não foram observadas diferenças nas concentrações plasmáticas de adiponectina. Conclusão: Sugere-se que o consumo de biomassa de banana verde, associado ao acompanhamento nutricional, por pacientes com Pré DM ou DM, seja uma boa estratégia nutricional, visto que contribuiu para um melhor controle glicêmico, melhora de parâmetros antropométricos, maior secreção de GLP-1 e GLP-2 e aumento da ingestão de fibras, além de ser acessível do ponto de vista econômico, sem relatos de efeitos adversos. |