Tempos e espaços escolares : as experiências de duas alunas com deficiência múltipla em escola da rede municipal de ensino de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Jacob, Rosangela Neizeiro da Fonseca [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49149
Resumo: Esta tese teve como objetivo investigar as experiências, nos tempos e espaços escolares, de duas alunas com deficiência múltipla. A pesquisa ocorreu em escola da rede pública de ensino pertencente ao município de São Paulo, localizada na zona norte. Duas alunas do 1º ano do ciclo de alfabetização, matriculadas em turmas diferentes e, também, no Atendimento Educacional Especializado foram acompanhadas pelo olhar atento da pesquisadora pelo período do ano letivo de 2015. A pesquisa foi organizada com base na proposta de Geertz (2012) com destaque para a elaboração de descrições densas para se compreender cotidianos específicos, no caso dessa pesquisa, o cotidiano escolar. Os dados para análise foram registrados em caderno de campo, com anotações das manifestações do corpo nos tempos e espaços escolares. A escola foi descrita em situações concretas. Tratou-se de uma pesquisa que exigiu percurso etnográfico, de modo a (re) conhecer o microcosmo das crianças de perto e por dentro. A base teórica da pesquisa social microscópica teve como referência Woods (1999; 2013), pesquisador especialista em investigar escolas por dentro, com mergulho no cotidiano escolar. Foram pesquisadas relações e interações face a face tal como teorizadas por Goffman (2010; 2012; 2013; 2015); para a complexidade do estudo da deficiência múltipla foram considerados: Jacob (2012); Cormedi (2015;2011); Mantoan (2015a; 2015b); Mantoan; Santos (2010); Mazotta (2011); Prieto (2011); Prieto et al.(2015a; 2015b), entre outros. No rol referencial foram incluídos legislação vigente e documentos específicos da SME-SP, para análise e discussão da inclusão educacional de alunos com deficiência. O método de registro foi com base no modelo de pesquisas etnográficas propostas por Geertz (2012) e Woods (1999; 2013), com a utilização de caderno e notas de campo. Foram analisadas as interações face a face em vários cenários e cenas escolares, incluindo o trabalho colaborativo entre o AEE e classe omum. Foram registradas também as interações dos profissionais dos serviços de apoios, familiares e demais educadores. A pesquisa permitiu constatar desencontros entre as políticas públicas e a prática diária no processo educacional de alunos, público alvo da educação special; pouca ou nenhuma consideração aos territórios do eu; AEE e classe comum, sem a devida articulação.