Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza Neto, Vinicius Lino [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72271
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Resumo: |
Objetivo. Avaliar a efetividade de mensagens enviadas por telefonia móvel na adesão às medidas de proteção individual contra a COVID-19. Método. Trata-se de um estudo multimétodos e multicêntrico dividido em duas etapas. A primeira etapa foi um estudo metodológico com o objetivo de elaborar e avaliar as evidências de validade de conteúdo de mensagens sobre as recomendações de proteção individual contra a COVID-19. As mensagens foram elaboradas com base nas recomendações vigentes em 2020 e um grupo de juízes especialistas avaliou a relevância teórica, clareza, pertinência prática e vocabulário de cada mensagem. As mensagens que atingiram um índice de validade de conteúdo superior a 90% foram consideradas como apresentando evidências adequadas de validade de conteúdo. A segunda etapa foi um estudo quase experimental, do tipo antes e depois, conduzido em quatro universidades brasileiras. A intervenção constituiu no envio, a cada dois dias, das mensagens validadas na etapa anterior. A adesão às recomendações foi avaliada antes da intervenção e semanalmente durante sete semanas, utilizando um instrumento desenvolvido e refinado pelos pesquisadores. Este instrumento é composto por 13 questões e uma escala do tipo Likert de cinco pontos, com escores variando de 13 a 65 pontos, sendo que quanto maior o escore maior é a adesão. A análise estatística foi realizada por meio da análise multivariada de variância. Nesta etapa, também foram investigadas as relações entre a adesão e possíveis fatores intervenientes de natureza sociodemográfica, clínica, comportamental, psicossocial e política. Para isso, foram aplicados os testes estatísticos t de Student, ANOVA, o teste Qui-quadrado e a regressão logística múltipla clássica, utilizando o método Stepwise do tipo Backward Wald. Considerou-se o p<0,05 como significativo. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa e registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-2s94rb). Resultados. Foram desenvolvidas 18 mensagens que apresentaram adequadas evidências de validade de conteúdo após a segunda rodada. Na segunda etapa, foram avaliados 429 indivíduos de diferentes cidades brasileiras, e observou-se uma melhora no escore de adesão ao longo das semanas, com significância estatística nas duas últimas semanas (p<0,001). Ao analisar a relação entre possíveis fatores intervenientes e a adesão às recomendações, em uma amostra de 820 indivíduos, identificaram-se menor adesão entre os homens (p=0,003), indivíduos com menos de 30 anos (p=0,004), aqueles sem filhos (p=0,002), consumidores de bebidas alcoólicas (p=0,007), aqueles que relataram ter reduzido a quantidade de alimentos durante a pandemia (p=0,006), pessoas que já tiveram COVID-19 (p=0,008), indivíduos que sentiam desconforto com o uso da máscara (p=0,003) e aqueles que saíam de casa de três a cinco vezes por semana (p=0,011). Conclusão. As mensagens telefônicas foram desenvolvidas e apresentaram adequadas evidências de validade de conteúdo. O envio das mensagens a cada dois dias durante sete semanas foi efetivo para promover a adesão às práticas de proteção individual contra a COVID-19, especialmente após a sexta semana. Foram identificados oito fatores que influenciaram a adesão, incluindo três fatores sociodemográficos, três comportamentais, um psicossocial e um clínico. |