Interconexões entre gênero, raça e classe na obra de Angela Davis: As mulheres negras e a dialética entre opressões e resistências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Thaís Rodrigues de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63815
Resumo: Esta tese tem como principal objetivo discutir as contribuições teóricas da filósofa e ativista estadunidense Angela Davis para o entendimento das interconexões entre gênero, raça e classe na produção das opressões, ativismos e alterações das estruturas de pensamento político tradicional. Esta tese examina, a partir de pesquisa bibliográfica, as relações estabelecidas por Angela Davis entre os feminismos e a luta antirracista e sua contribuição para o desenvolvimento dos feminismos negros. Nossa hipótese é a de que as considerações elaboradas por Angela Davis foram e continuam sendo fundamentais para o desenvolvimento destes movimentos e de uma ação coordenada contra as opressões, que tem por consequência a criação de novas formas de atuação e de reflexão política. Abordaremos suas elaborações em torno de noções como opressões, resistências, liberdade e cultura, questionando como esses construtos conceituais se alteram ou se aprofundam no decorrer do desenvolvimento de sua obra; quais conceitos ganham relevância neste percurso; com quais tradições dialoga. Para tanto, novas epistemologias e novas formas de produzir conhecimento que visem à transformação das relações sociais são necessárias, assim como a mudança contínua de vocabulário que torne possível a criação de alianças pautadas em identidade políticas de combate às opressões. Consideramos que de forma autônoma e contínua a autora conecta suas elaborações teóricas aos movimentos sociais e à cultura, como possibilidade de resistência negra/estadunidense/afrodiaspórica ao racismo, sexismo e exploração de classe. Em sua obra, o resgate da humanidade do sujeito subalternizado e a imprescindível recuperação de sua identidade, longe de ser uma busca abstrata, se configuram como resistência multiforme que visa à liberdade e a criação de condições alternativas de existência, colaborando para o desenvolvimento pleno das potencialidades humanas.