A atuação do profissional de Educação Física na Atenção Primária à Saúde no município de São Bernardo do Campo/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Honorato, Flávio Augusto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/64033
Resumo: A importância do Profissional de Educação Física (PEF) no campo da Saúde tem se intensificado em virtude do destaque da atividade física (AF) nas políticas públicas de enfrentamento às doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) e da promoção da saúde no cenário nacional e internacional. Nesse contexto, é fundamental que o PEF possua formação e atuação condizente com sua área de atuação, de forma a dar respostas adequadas às demandas específicas existentes. Procurou-se aqui identificar e analisar a atuação dos PEF na Atenção Primária à Saúde (APS) do município de São Bernardo do Campo/SP (SBC/SP). Trata-se de estudo descritivo do tipo qualitativo cujas técnicas de coleta de dados foram a pesquisa documental e a pesquisa de campo. A análise dos dados foi realizada por meio de análise de conteúdo. Na pesquisa documental foram analisadas as Diretrizes Curriculares do curso de graduação em Educação Física; a portaria ministerial 2436/2017; o Caderno de Atenção Básica no. 39; a resolução no 046/2002 do CONFEF; e o livro de recomendações do CONFEF (2017). Na pesquisa de campo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os PEF do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e do Programa De Bem com a Vida (DBV), vinculados ao Departamento de Atenção Básica (DAB). A análise dos dados do primeiro grupo evidencia a atuação no âmbito da prevenção e promoção da saúde, direcionada à determinadas condições de saúde e/ou mudanças comportamento, mediadas pela AF; pelo seu caráter individual e coletivo, foram abordadas ora de modo individual ora compartilhado. Na pesquisa de campo foram encontrados dois modos de atuação distintos: um do período anterior à pandemia, centrada no desenvolvimento de AF e práticas corporais (PC) nas unidades de saúde, por meio de estratégias de grupo, tendo como público-alvo idosos e adultos; outra durante a pandemia, dividida entre a condução de AF e PC para profissionais da UBS e as ações do campo multiprofissional direcionadas ao enfrentamento do problema. Dentre as demandas para o PEF foram encontrados: atividades para as DCNTs (dores crônicas, agravos em saúde mental e obesidade e/ou emagrecimento) e atividades para o bem-estar (dos usuários e dos funcionários). Foram identificadas lacunas curriculares na formação do PEF, preconceito e desvalorização profissional, cuja potencialidade de sua atuação centra-se em propiciar bem-estar, promoção de saúde e prevenção de agravos por meio do aconselhamento, prescrição e oferta de exercícios físicos. Mediante os resultados deste estudo propõe-se a elaboração de uma oficina pedagógica com os PEF com objetivo de (re)discutir coletivamente as possibilidades e desafios de sua atuação na APS e elaborar modos de operacionalizar as diretrizes elaboradas pelo DAB do município a partir dos elementos do cotidiano profissional aqui descritos.