Dieta restritiva materna e comportamento da mãe durante as refeições dos seus filhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gallo, Barbara Bueno de Moraes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4563769
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49055
Resumo: INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A prevalência do uso de dieta restritiva vem aumentando, muitas mulheres realizam estas dietas cronicamente e independentemente do seu estado nutricional. A infância é uma fase importante para a formação dos hábitos e preferências alimentares, que tendem a permanecer pela vida adulta. Considerando a elevada prevalência do uso de dieta restritiva por parte das mães e a extrema importância dos seus comportamentos durante as refeições dos seus filhos, o presente estudo objetivou identificar se a restrição alimentar materna influencia o comportamento da mãe durante a alimentação do seu filho(a). MÉTODO: A amostra foi composta por 137 duplas de crianças e mães, com idade entre 2 e 7 anos. As mães responderam 4 questionários (Questionário Sócio econômico estruturado, Parent Mealtime Action Scale ­ PMAS, Restraint Scale – RS, e o Three­Factor Eating Questionnaire ­ TFEQ). Utilizouse o teste estatístico Qui­Quadrado para investigar associação entre o estado nutricional da criança e sua mãe e entre o estado nutricional materno e o comportamento alimentar materno restritivo. Realizou­se a Regressão Linear e Regressão Logística para verificar os fatores influenciadores e associados com o comportamento materno durante as refeições dos seus filhos. RESULTADOS: Mães com excesso de peso apresentaram maior comportamento alimentar restritivo segundo a RS (X2=7,91; p=0,005) e o TFEQ (X2 = 11,10; p=0,02). A restrição alimentar materna associou­se negativamente com modelo de consumo de guloseimas para a criança (B= ­0,21; p=0,02) e associou­se positivamente com o comportamento de restringir a quantidade de gordura (B=0,2; p=0,04) e guloseimas na alimentação do seu filho (B=0,19; p=0,04). Além disso, quanto maior a escolaridade materna menor a persuasão positiva para que a criança coma (B= ­0,2; p=0,02). CONCLUSÕES: Restrição é um comportamento materno que prejudica o aprendizado da criança com relação à auto regulação da ingestão calórica e molda suas preferências alimentares para os alimentos “proibidos”, favorece o desenvolvimento do excesso de peso e de transtornos alimentares posteriormente.