Caracterização da resposta inflamatória frente à lesão pulmonar aguda murina/ síndrome do desconforto respiratório agudo associado à malária grave

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ortolan, Luana dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=151594
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48680
Resumo: Malária é um problema de saúde global, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, 99% dos casos concentram-se na Amazônia Legal onde infecções por Plasmodium vivax são as principais causas da doença e podem ser fatais. Infecções por Plasmodium spp. podem levar à um quadro respiratório grave, com complicações pulmonares denominadas lesão pulmonar aguda (ALI) e síndrome do desconforto respiratório agudo (ARDS). As complicações pulmonares são caracterizadas pela diminuição da capacidade de trocas gasosas, aumento da atividade leucocitária e de mediadores inflamatórios nos pulmões. O grande número de fatores potencialmente envolvidos associados às grandes dificuldades no estudo da doença em humanos faz com que as bases moleculares desta disfunção pulmonar permaneçam ainda mal compreendidas, levando a uma alta mortalidade nas unidades de saúde. O objetivo central do presente trabalho foi caracterizar o desenvolvimento das lesões histopatológicas e o processo inflamatório envolvido na patogênese da lesão pulmonar aguda/ síndrome do desconforto respiratório agudo associado à malária grave em um modelo murino. Foi utilizado como modelo experimental a associação entre camundongos da linhagem DBA/2 e o parasita murino Plasmodium berghei ANKA. Neste modelo experimental 23-75% dos camundongos desenvolvem sintomas respiratórios agudos (classificados como ALI/ARDS) enquanto os demais morrem tardiamente (entre 13 e 21 dias após infecção) com sintomas de hiperparasitemia (classificados como HP). As lesões histopatológicas encontradas em camundongos ALI/ARDS incluem a presença de edema, congestão e hemorragia pulmonares, presença de células inflamatórias e membrana hialina. Foi desenvolvido um modelo preditivo baseado no aumento da pausa respiratória (Penh), frequência respiratória e parasitemia, que nos permite classificar os camundongos que desenvolverão ALI/ARDS antes do momento da morte, no 7º dia pós-infecção com alta sensibilidade e especificidade. Nossos resultados principais indicam um aumento da permeabilidade alvéolo-capilar, do heme livre sérico e da carga pararasitária nos pulmões. Verificamos também, um aumento de fatores pró e anti-inflamatórios, tais como IL-10, HO-1, IFN- aumento do influxo de neutrófilos no tecido pulmonar e no lavado broncoalveolar no grupo classificado como ALI/ARDS quando comparado com o grupo HP. Também foi identificada maior área contendo pigmento malárico tanto nos pulmões quanto nos baços de camundongos do grupo ALI/ARDS. Palavras - chave: Malária. ALI/ARDS. Plasmodium berghei. Histopatologia. Neutrófilos.