Validação e desenvolvimento do método de imunonefelometria em papel filtro para o diagnóstico da deficiência de alfa-1 antitripsina no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Zillmer, Laura [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22654
Resumo: Introdução: A deficiência de alfa-1 antitripsina é uma desordem genética que resulta no aparecimento precoce de enfisema pulmonar e doença hepática. A Organização Mundial de Saúde e American Thoracic Society /European Respiratory Society preconizam que os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica realizem o rastreamento para deficiência de alfa-1 antitripsina. No entanto, existe a necessidade de exames mais acessíveis para possibilitar a realização dessa orientação em países com extensa dimensão territorial, como o Brasil. A técnica em papel filtro é um procedimento simples, que tem sido amplamente utilizado para o rastreamento genético e diagnóstico de diversas doenças. Objetivo: Validação do método de dosagem de alfa-1 antitripsina por imunonefelometria em amostras de papel filtro em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica no Brasil. Métodos: Foi analisada a dosagem da alfa-1 antitripsina plasmática e em papel filtro de 192 pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Para a análise o papel filtro (WhatmanTM, GE, 903, lot W101, USA) foi picotado em discos com diâmetro de 6 mm e, posteriormente, diluídos em 200 µL de soro fisiológico permanecendo a 4ºC durante 12 horas. Tanto as amostras de papel filtro quanto de plasma foram analisadas no equipamento da Siemens BNII pelo método de imunonefelometria. Resultados: O coeficiente de correlação entre a concentração de alfa-1 antitripsina sérica e no papel filtro foi de r= 0,45. Através da técnica de reamostragem “bootstrap” foi determinado um ponto de corte de 2,02 mg/dl, com um intervalo de confiança de 1,45 – 2,64 mg/dL (97%), para o papel filtro. Com o ponto de corte de 2,02 no papel filtro foi observado sensibilidade de 100%, especificidade de 95,7% e valor preditivo positivo de 27,2% e negativo de 100%. Conclusão: O método em papel filtro se mostrou uma ferramenta confiável para o rastreamento de pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina. Entretanto, recomenda-se que os indivíduos que apresentarem valores da alfa-1 antitripsina no papel filtro abaixo do valor máximo do intervalo de confiança (2,64 mg/dL) sejam investigados por meio de testes mais específicos, garantindo maior confiabilidade ao método.