Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tsantarlis, Katherine [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70745
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Resumo: |
Infecções por enteropatógenos acometem milhares de indivíduos todos os anos em todas as partes do mundo. Um exemplo disso é a giardíase, doença causada pelo parasita Giardia lamblia que infecta humanos e outros vertebrados após a ingestão de cistos em água e alimentos contaminados. O ponto chave para o estabelecimento da doença é a adesão dos trofozoítos (forma replicativa do parasito) ao epitélio intestinal e esta só ocorre após a passagem dos trofozoítos pela camada de muco luminal que recobre o trato intestinal. O muco é formado majoritariamente por glicoproteínas da família multigênica das mucinas, cujos membros podem ser classificados em mucinas secretadas formadoras de gel e mucinas transmembrânicas. Enquanto as mucinas formadores de gel estão principalmente relacionadas à função de barreira física, as mucinas transmembrana desempenham dupla função como barreira e receptores de sinalização O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a expressão de mucinas formadoras de gel (MUC2 e MUC5AC) e da mucina transmembrana (MUC4) em duas linhagens distintas de células epiteliais intestinais, Caco-2 (enterócitos) e HuTu-80 (células de duodeno), na infecção aguda com trofozoítos de G. lamblia. As vias de sinalização (des)ativadas nas células hospedeiras infectadas com os trofozoítos também foram investigadas. Adicionalmente, a capacidade de trofozoítos de degradar o muco intestinal foi investigada em ensaios de degradação de mucinas purificadas em solução. Os resultados obtidos mostram que a infecção aguda com trofozoítos de Giardia lamblia modula leva a mudanças consideráveis nos níveis de expressão das mucinas secretadas (MUC2 e MUC5AC) e da mucina transmembrana MUC4 a níveis transcricionais e traducionais. Além disso, os resultados sugerem que a infecção com trofozoítos pode controlar o balanço entre degradação e produção de mucinas formadoras de gel possivelmente pela ação de proteases e glicosidases secretadas pelo parasita. Finalmente, resultados utilizando um perfilador de fosfoproteína quinases humanas mostram que a infecção por trofozoítos promove a fosforilação de vias de sinalização potencialmente envolvidas na regulação da produção de mucinas no trato intestinal. |