Avaliação dos efeitos da Relaxina exógena sobre olho seco em modelo de síndrome de Sjögren (SjS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Lucimeire Nova de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66210
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da relaxina (RLX) no tratamento da doença do olho seco (DOS) em modelo experimental animal com SjS. Métodos Camundongos NOD diagnosticados com SjS foram tratados durante trinta dias, 4x/dia, com colírio a base de RLX (100ng/ml). Os animais foram submetidos à análise clínica para verificar a produção lacrimal e a ceratite antes, durante e após o tratamento. Tecidos oculares, glândulas de Meibomius, glândula lacrimal exorbitária e glândula de Harder foram retirados e submetidos a diferentes técnicas. As glândulas lacrimais (GL) foram analisadas por PCR array para verificar as citocinas inflamatórias IL-1b, IL-6, IL-10, IL-12a, IL-17a, TNFα e INFϒ e também RLX e RXFP1. A técnica da imunofluorescência foi usada para detecção do hormônio RLX e seu receptor RXFP1 nos órgãos citados e análise histológica foi empregada para verificar possíveis diferenças entre os órgãos citados anteriormente. Resultados: O grupo tratado apresentou melhora significativa em todos os aspectos clínicos analisados, como aumento da produção lacrimal, reversão da ceratite, inclusive no olho que não recebeu o tratamento (contralateral). Todos os tecidos analisados mostraram marcação positiva para a RLX e seu receptor (RXFP1). Quando verificado o aumento na expressão da RLX e RXFP1, o grupo tratado com RLX mostrou um aumento significante na expressão gênica em relação aos demais grupos. Ainda por RT-PCR, as análises das citocinas IL1b, IL-6, IL-12, IL-17 e TNF estavam significantemente menores no grupo tratado em relação aos demais. Conclusão: Esses resultados sugerem que a RLX exógena apresenta potencial ação no tratamento da DOS, podendo ser usada em forma de colírio, uma vez que houve melhora no quadro clínico e diminuição das citocinas inflamatórias típicas da DOS por SjS.