Avaliação da terapia de suporte na prevenção da disfunção temporomandibular em pacientes tratados com aparelho intra-oral para a síndrome da apneia obstrutiva do sono

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Tavares, Camila Diniz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/10387
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar, em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e sem Disfunção Temporomandibular (DTM) prévia, a eficácia de uma terapia de suporte com exercícios mandibulares na prevenção da dor por DTM durante o uso de aparelho intra-oral AIO. Métodos: 87 pacientes com SAOS inidicados para o uso do AIO foram avaliados pelo instrumento que avalia DTM, o “Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders” (RDC), sendo 45 excluídos por relatarem dor por DTM. Dos 42 restantes, 22 foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão, sendo que 19 concluíram o protocolo. Na fase basal, além do RDC, todos os pacientes foram avaliados por meio de questionário de sono (Fletcher & Lucket), Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e inventário de qualidade de vida SF-36 e submetidos a polissonografia convencional.Os pacientes receberam seus AIOS na posição de 75% do avanço mandibular máximo e foram aleatoriamente divididos em grupo controle (CTL) e grupo terapia de suporte (TS). Os dois grupos receberam o AIO de forma idêntica, e somente o grupo TS recebeu a orientação de fazer a terapia de suporte com exercícios mandibulares (2 vezes ao dia) Após 120 de início de uso do AIO as avaliações acima foram repetidas. Durante os 120 dias, os pacientes preencheram diários de sono, de uso do AIO e da terapia de suporte para o grupo TS que permitiram avaliar a adesão ao tratamento e a terapia de suporte. A dor foi avaliada por uma escala analógica de dor. Resultados: Dezenove pacientes, 10 no grupo TS (27,3% mulheres) e 9 grupo CTL (25% mulheres) completaram o estudo. A ESE diminui significantemente (11,4 ± 1,7 para 8,4 ± 1,1; p=0,01) no grupo TS, enquanto o grupo CTL não se observou melhora. Em relação aos domínios do inventário de qualidade de vida SF-36, observou-se que o grupo CTL apresentou melhora na capacidade funcional (61,0 ± 13,2% para 72,3 ± 11,7%; p=0,03),o que não foi observado no grupo TS. Entretanto, para o estado geral de saúde, apenas o grupo TS (72,5 ± 5,9% para 81,1 ± 4,0%; p=0,04) apresentou melhora nesse domínio com o tratamento. Em relação ao índice de apnéia e hipopnéia os dois grupos apresentaram melhora, (GTS = 17,3 ± 2,3 para 7,5 ± 1,0; GCTL = 13,5 ± 0,8 para 6,7 ± 1,8; p=0,005) De acordo com o RDC nenhum dos pacientes dos dois grupos desenvolveram dor por DTM no decorrer do estudo e xiv não houve diferença na adesão ao AIO entre os grupos. Conclusão: Pacientes com SAOS sem DTM prévia não desenvolveram essa condição durante o uso do AIO, sendo que a terapia de suporte com exercícios mandibulares não influenciou nesse resultado como também não na adesão ao tratamento. Palavras-chave: desordem temporomandibular, apnéia obstrutiva do sono, prevenção, aparelho intra-oral e terapia de suporte