Efeitos do orlistate sobre os parametros bioquimicos e cardiovasculares de animais normotensos e hipertensos submetidos à isquemia e reperfusão cardíaca
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2896765 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48558 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo principal estudar os efeitos do orlistate (ORL) sobre os parâmetros bioquímicos e cardiovasculares de animais normotensos (NWR) e hipertensos (SHR) submetidos à isquemia e reperfusão (I/R) cardíaca. O protocolo de I/R consistiu no garroteamento com fio cirúrgico da artéria coronária descendente esquerda da retirada do fio após 10 min para permitir a recirculação coronariana (reperfusão) por 75 min. Os SHR apresentaram aumento significativo da pressão arterial sistólica (51%) e da massa cardíaca (19%) em relação aos seus controles normotensos NWR, confirmando o franco estado hipertensivo em SHR. O tratamento com ORL (16 mg por animal, V.O.) durante 2, 5 e 10 dias não alterou os valores de pressão arterial ou da massa cardíaca, em SHR e NWR. O procedimento de I/R cardíaca resultou na alta incidência de arritmias ventriculares (AV), bloqueios atrio-ventriculares (BAV) e letalidade (LET), em SHR e NWR. Todavia, a incidência de AV, BAV e a LET foi menor em SHR (58%, 46% e 21%) em relação aos controles NWR (85%, 79% e 70%). O tratamento com ORL não foi capaz de alterar a incidência de AV e BAV em SHR e NWR, mas aumentou a LET em SHR e reduziu em NWR. A I/R cardíaca não alterou a concentração plasmática de marcadores da função hepática (aspartato aminotransferase ou AST, alanina aminotransferase ou ALT, fosfatase alcalina ou FA) e renal (creatinina), assim como do metabolismo lipídico (triglicerídeos ou TG, VLDL, LDL, HDL), em SHR e NWR. Além disso, a I/R cardíaca também não alterou a concentração plasmática do marcador de lesão muscular lactato desidrogenase (LDH), em SHR e NWR. Todavia, a I/R cardíaca aumentou significativamente a concentração plasmática do marcador de lesão muscular creatina quinase total (CKT) em SHR e NWR. Por outro lado, a I/R cardíaca aumentou significativamente a concentração plasmática do marcador de lesão cardíaca creatina quinase fração MB (CK-MB) em NWR, mas não em SHR. O tratamento dos NWR com ORL reduziu a concentração plasmática de LDL e preveniu o aumento da CKT, mas não alterou os níveis de TG, VLDL, HDL, AST, ALT, FA, LDH e CK-MB. O tratamento dos SHR com ORL reduziu a concentração plasmática de CK-MB, mas não alterou os níveis de TG, VLDL, HDL, AST, ALT, FA, LDH e CKT. Estes resultados sugerem que a I/R cardíaca produziu uma elevada incidência de arritmias cardíacas, incluindo os bloqueios atrio-ventriculares, em animais normotensos e hipertensos. Estas alterações da função cardíaca causaram uma elevada mortalidade em normotensos e hipertensos, porém esta foi 3 vezes menor nos hipertensos, apesar dos valores elevados da concentração plasmática de CKT e CK-MB estarem elevada nestes animais. O tratamento com ORL reduziu a mortalidade produzida pela I/R cardíaca nos normotensos, apesar de não alterar a concentração plasmática de CK-MB. Em contraste, este tratamento aumentou a mortalidade produzida pela I/R cardíaca nos hipertensos, apesar de reduzir a concentração plasmática de CK-MB. |