Parâmetros pélvicos, postural global, equilíbrio sagital e a neoformação óssea em coluna vertebral de pacientes com espondilite anquilosante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Thauana Luiza de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67313
Resumo: Objetivos: Comparar os parâmetros pélvicos (Incidência pélvica – IP, versão pélvica – VP e inclinação sacral – IS) de pacientes com espondilite anquilosante (EA) com diferentes intensidades de neoformação óssea na coluna vertebral (CV) e correlacioná-la com parâmetros de equilíbrio sagital e postura global. Além disso, desenvolver um escore global ASPeCTS (Axial SPondyloarthritis Computerized Tomography Score) para avaliar a neoformação óssea da CV total. Métodos: Um total de 117 pacientes com EA foram incluídos nesse estudo transversal. Realizaram a tomografia computadorizada de baixa dose de radiação (TC-bd) para quantificação da neoformação óssea da CV, bem como o EOS para obtenção do eixo vertical sagital – EVS, ângulo espinossacral – AES, dos parâmetros pélvicos e das medidas das curvaturas cervical, torácica e lombar. A categorização da intensidade da neoformação óssea foi usada para classificar os pacientes em três grupos principais: 1- Até 24,9%, 2- 25 a 50,9% e 3- 51% ou mais, independente da topografia de cada compartimento e segmento da CV total. Resultados: As médias de idade e tempo de doença foram 50,9±11,1 e 21,1±9,68 anos, respectivamente. A maior parte dos pacientes estavam nos grupos 1 (n=55, 47%) e 3 (n=46, 39,3%). Não houve correlação significativa entre os valores de IP e a intensidade da neoformação óssea. Em contrapartida, houve correlação entre a magnitude da neoformação óssea total, independentemente da topografia anterior ou posterior, com a VP (r=0,507 a 0,541; p<0,001) e com o incremento da cifose torácica (r=0,607 a 0,625; p<0,001), perda de lordose lombar (r=-0,536 a -0,577; p<0,001) e aumento do EVS (r=0,547 a 0,570, p<0,001), bem como redução do AES (r=-0,421 a -0,687; p<0,001). Observou-se, ainda, diferença significativa entre as médias de ganho de cifose torácica entre os grupos 1, 2 e 3 (11,0±12,76°; 22,13±14,15° e 35,12±15,15°, respectivamente) enquanto a diferença entre as médias de perda de lordose lombar foi significativa apenas entre os grupos 1 e 2 quando comparados ao grupo 3 (-1,09±9,83°, -4,94±17,12°, -18,48±15,31°, respectivamente). Em análise multivariada, verificou-se que o aumento de um grau na IS acarreta o aumento médio de 2,39mm no EVS, enquanto o aumento de um grau na VP acarreta uma redução média de 0,86 mm no EVS. Já o aumento de um grau de cifose T1-T12 e de lordose L1-S1, além do que seria a esperada pela IP, acarreta um aumento médio de 0,92 mm e a uma redução média de 2,79mm de EVS, respectivamente. Conclusões: Esse é o primeiro estudo a detalhar os parâmetros pélvicos, de postural global e equilíbrio sagital em pacientes com EA por meio do EOS, evidenciando correlação entre o incremento da neoformação óssea e o desequilíbrio sagital. Foi observado ganho de cifose torácica em grupo de intensidade intermediária de neoformação, mesmo antes de perda significativa de lordose lombar, quando comparado ao grupo com maior intensidade de neoformação óssea. O escore ASPeCTS é o primeiro a avaliar globalmente a neoformação óssea da CV total de pacientes EA, com excelente reprodutibilidade entre os leitores e em todos os segmentos e compartimentos da CV.