Fatores de risco associados ao câncer de pele não melanoma em receptores de transplante renal: estudo caso-controle no ambulatório de dermatologia da Universidade Federal de São Paulo no período de agosto de 2004 a agosto de 2009

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Flavia Regina [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=916763
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23255
Resumo: Introdução: O câncer de pele não melanoma é a forma mais comum de câncer em humanos e constitui a afecção maligna que mais cresce entre os receptores de transplante renal. Objetivos: Caracterizar a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma; identificar os fatores de risco e calcular a chance para o desenvolvimento deste tipo de tumor nesta população. Métodos: Dois grupos foram constituídos: com câncer de pele não melanoma (grupo caso) e não (grupo controle). Variáveis demográficas, relacionadas ao hábito, ao tumor e ao transplante foram estudadas. A medida de efeito utilizada foi o Odds Ratio, e para o controle dos fatores de confusão utilizou-se a regressão logística, com modelo hierarquizado em três níveis e foi construído um modelo matemático. O ajuste do modelo foi estimado pelo Teste de Hosmer-Lemeshow e a acurácia, pela curva ROC. Resultados: Foram incluídos no estudo 64 casos e 181 controles. A análise univariada identificou associações para: gênero masculino, idade acima de 50 anos, fototipo até III de Fitzpatrick, exposição solar ocupacional, número de horas (dia) de exposição ocupacional, exposição solar recreacional, horário de exposição recreacional, número de horas (dia) de exposição recreacional, uso de protetor solar, tempo de uso do protetor solar, histórico familiar, tempo de transplante, tipo de doador, tempo de diálise pré-transplante e a presença de verruga viral póstransplante. A análise multivariada identificou como fatores de risco, com respectivos Odds Ratio e intervalos de confiança (IC 95%): gênero masculino 2,5 (1,3-4,7), idade acima de 50 anos 5,4 (2,3-12,9), fototipo até III de Fitzpatrick 3,7 (1,6-8,7), exposição solar ocupacional 4,1 (2,1-8,1), horário de exposição solar recreacional dia todo 3,0 (1,4-6,1), e tempo de transplante de 80 meses ou mais 3,3 (1,6-6,5). O Teste de Hosmer-Lemeshow mostrou um bom ajuste (p=0,60) e a curva ROC mostrou uma acurácia de 84,8% (p<0,01). A chance para o desenvolvimento de um câncer de pele não melanoma variou de menos de 1% a 92,5%. Conclusões: Este estudo permitiu: caracterizar a população de receptores de transplante renal com câncer de pele não melanoma; identificar os fatores de risco e calcular a chance para o desenvolvimento deste tipo de tumor nesta população.