Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Herrera, Nathany Roberta [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63797
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Resumo: |
Os microplásticos (MP) são partículas de até 5mm que tem se acumulado nos mais diversos ambientes e gerado grandes preocupações referentes aos seus possíveis impactos nos seres vivos. Diversos pesquisadores, no entanto, têm levantado perguntas a respeito da mobilidade do microplástico e como isso pode afetar as comunidades, porém, pouco se tem sobre as soluções para resolver o problema em larga escala. Objetivo: Este trabalho busca fazer uma análise a respeito dos microplásticos no Brasil, a partir do DPSIR (Drivers, Pressures, State, Impacts e Responses) como um indicador, em busca de fornecer informações estruturadas a respeito do tema no país e evidenciar as potenciais soluções e aplicações existentes na literatura. Métodos: O DPSIR é um indicador que busca categorizar um determinado tema para que se possa enxergar com maior clareza, para isso, cada letra trás uma informação que deve ser levantada, os drivers (D) são as forças motrizes, no caso, as atividades humanas que envolvem o MP e surgem para suprir uma necessidade básica da população, as pressures (P) são pressões que são exercidas no ambiente a partir dos drivers, o state (S) é a seção onde se elenca quais são as modificações de estado que vem ocorrendo em determinado ambiente por conta das pressões exercidas, os impacts (I), ou impactos, ocorrem quando há uma modificação de estado, e aqui os impactos são relacionado à presença do MP no ambiente, por fim, as responses (R) são as respostas existentes ou a serem desevolvidas para o problema, parte esta que recebeu um foco maior neste trabalho, para levantar e enfatizar as soluções potenciais. Resultados: A partir deste, foi possível observar, no entanto, que embora os pesquisadores produzam informações de bastante qualidade e já nos alertem sobre os perigos do microplástico, pouco se trabalham as soluções para este problema aqui, levando em consideração a geração de resíduos, a partir da análise foi possível elencar aqui como principais drivers: o aumento da população, benefícios e as facilidades que o plástico proporciona e a desigualdade social levando ao maior consumo de produtos plásticos, assim como, a diferença de mercado entre polímeros sintéticos e biodegradáveis, a agricultura, turismo, saneamento e a urbanização, levando a pressures: exploração de recursos naturais, o descarte incorreto de resíduos, a valorização e precificação dos bioplásticos, consumo, a ocupação irregular e a liberação de microplástico no oceano, levando assim ao levantamento sobre o state do ambiente que se encontra o solo, a água e o ar com pouquíssimas informações, foram demonstrados de acordo com o que se tinha disponível na literatura, os impacts, por outro lado já estão bastante avançados, os microplásticos em diversos aspectos foram apontados como prejudicial ao ambiente e ser o humano, levando a biomagnificação, comprometimento ao turismo, à economia, os prejuízos à saúde dos solos e interagindo com outros poluentes. Para o levantamento das responses aqui, foram elencadas as respostas que já existem na legislação como as políticas nacionais, alternativas aos plásticos sintéticos, atitudes socioambientais, reciclagem, o gerenciamento de resíduos sólidos, o tratamento de efluentes, iniciativas internacionais e ações ambientais ou educacionais também foram expressas, de modo a elucidar as potenciais soluções e gerar novos debates para que os cientistas, a população e os tomadores de decisão possam ter informações mais palpáveis na discussão de soluções para a problemática do microplástico no país e para as soluções apontadas e investigadas por outros pesquisadores, foi realizada uma revisão sistemática da literatura onde foram trabalhados 116 artigos sob a temática. Conclusão: É evidente a necessidade de esforços de todos os setores da sociedade para combater a problemática no nosso país, até o momento não possuímos nenhuma legislação federal que aponte restrições ao MP nem forneça soluções direcionadas a eles, além disso, a falta de educação ambiental, a desigualdade social e a carência no tratamento de efluentes são os maiores contribuintes para o aumento do microplástico no ambiente, trazendo não só prejuízos a fauna e a flora mas problemas que já vem sendo observados no ser humano. |