Alterações dos transportadores renais ao longo do néfron em resposta à estimulação do nervo simpático renal em diferentes situações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pontes Junior, Roberto Braz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4542565
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48741
Resumo: Introdução: O estímulo elétrico do nervo renal (ENR) é uma técnica que simula o controle simpático da função renal. O ENR aumenta a reabsorção de sódio e fluido, independentemente de alterações no fluxo sanguíneo renal e no ritmo de filtração glomerular. Os mecanismos envolvidos nestas respostas não são totalmente compreendidos. Ainda se sabe, que in vitro, a angiotensina II (Ang II) intrarrenal influencia a reabsorção de sódio e fluido. Entretanto, parece que in vivo, esta ação é dependente do nervo simpático renal, sugerindo uma interação entre o sistema nervoso simpático e a Ang II. Frente a um aumento da PA ou uma ingestão hipersódica, é esperado que os rins excretem uma maior quantidade de volume, para manter a homeostase corporal. Em algumas situações de hiperatividade simpática renal, a excreção é prejudicada, podendo desencadear, ou agravar, situações fisiopatológicas como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca. Métodos: O ENR foi aplicado em condição normal, durante aumento da PA ou durante infusão hipersódica. O manuseio renal de sódio e fluido foi avaliado nestas três condições. Objetivos: Nosso principal objetivo foi investigar como o ENR, associado com a Ang II, produz reabsorção tubular de sódio em ratos Wistar. Uma vez desvendado este mecanismo, o próximo passo foi avaliar o efeito da ENR sobre o manuseio renal de sódio e fluido, durante o aumento da pressão arterial ou da infusão hipersódica. Resultados: O ENR aumentou a formação de Ang II intrarrenal, e também diminuiu o débito urinário e a carga excretada de sódio, por um mecanismo independente de alterações no clearance de creatinina. Houve redução do AMPc urinário e da atividade da PKA renal. O ENR aumentou atividade do NHE3 e revelou maior abundância deste transportador nas microvilosidades da membrana luminal, reduziu a razão NHE3 PS552/NHE3 total sem alteração da quantidade total de NHE3. Todas estas respostas foram prevenidas pelo bloqueio dos receptores AT1. Na vigência da ENR, o aumento da PA reverteu o efeito antidiurético e antinatriurético, e diminui a atividade do NHE3, resultando em maior excreção de volume urinário. Durante infusão hipersódica, o aumento do debito urinário e carga excretada de sódio, com ou sem a ENR, não foram diferentes. Conclusão: Embora não conseguimos mostrar se o ENR atenuou a excreção de volume urinário na vigência do aumento pressórico ou infusão hipersódica, nossos resultados demonstraram que o ENR aumentou a Ang II intrarrenal. A Ang II ativou os receptores AT1 e iniciou uma cascata de sinalização resultando em inibição de formação de AMPc, redução da PKA e, consequentemente, maior atividade do NHE3.