Dialogando com Paul Ricoeur: a dimensão política da memória traumática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Queiroz, Silvia Maria Brandão [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39286
Resumo: Com Paul Ricoeur pensamos a dimensão política da memória traumática a partir da recente ditadura brasileira. A reflexão parte da percepção de que o legado autoritário impede a consolidação da democracia e que os traumas da repressão política não foram esquecidos. Sem desconsiderar a prioridade das vítimas, refletimos a elaboração do trauma como reconhecimento e partilha de um passado comum cujo aspecto nefasto dos não ditos passa, dentre outras questões, pela legitimação da violência de Estado no contemporâneo. Refletimos então acerca dos conceitos de anistia, justiça e perdão, correlacionando-os com a vitimização promovida pelas novas democracias. No percurso destacamos o papel do testemunho e a função mediadora dos atos de justiça para um devir de paz social, pois se a memória nos remete ao passado, a promessa de justiça nos leva ao futuro.