Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Gabriela Rodrigues [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71098
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Resumo: |
Objetivo: Realizar a análise molecular do SARS-CoV-2 e a detecção de outros vírus respiratórios em amostras de participantes do ensaio clínico de fase III da vacina ChadOx nCoV19. Métodos: No período de julho de 2020 a janeiro de 2022, amostras de swab de nasofaringe e orofaringe foram coletadas de participantes sintomáticos do ensaio clínico para detecção de SARS-CoV-2 e vírus respiratórios utilizando a técnica de RT-qPCR. As amostras positivas para SARS-CoV-2 foram selecionadas de acordo com a carga viral, com base no Ct (Cycle Threshold) e sequenciadas para análise filogenética e identificação de mutações. A comparação entre vacinados e não vacinados considerou dados temporais e estatísticos, considerando intervalo de confiança 95% e p<0,05. Resultados: O estudo analisou 876 amostras de 737 participantes, com 37,7% de positividade para SARS-CoV-2 e 16,4% para outros vírus respiratórios, sendo Rinovírus (8,4%) e Vírus Sincicial respiratório (2,4%) os mais detectados. Uma associação da positividade de vírus respiratórios em indivíduos com contato direto com pacientes foi encontrada (p<0.05). Vacinados com doses tiveram 39,1% positividade e não vacinados 42,4% (p<0,016). Nenhuma associação foi encontrada na média da carga viral entre vacinados com uma ou duas doses e não vacinados (p >0,35). O sequenciamento de 221 amostras revelou 21 linhagens de SARS-CoV-2, com predominância das linhagens P.1 e P.2. As regiões da ORF1ab e Spike foram as regiões com maior número de mutação, seguido de ORF3a e proteína N. A análise temporal mostrou as mutações predominantes (D614G, E484K, N501Y e K417T), principalmente nas variantes de preocupação (VOC). A análise filogenética não mostrou diferenças entre vacinados e não vacinados, destacando a predominância da VOC Gamma entre os vacinados. Conclusões: A rápida disseminação do SARS-CoV-2 desafiou profundamente o sistema de saúde e as estratégias de controle epidemiológico do país. Variantes de preocupação e interesse, desempenharam um papel crucial no aumento de casos. Este aumento de casos ocorreu quando a população estava sendo vacinada, impossibilitando a comparação entre vacinados e não vacinados no maior pico de casos. Além disso, a pandemia teve impacto na circulação de outros vírus respiratórios sazonais, indicando mudanças nos padrões de transmissão. Essas conclusões ressaltam a importância de estratégias adaptativas de controle, incluindo vigilância genômica, atualização de vacinação e políticas de saúde pública baseadas em evidências para mitigar os efeitos da COVID-19 e outras doenças respiratórias no Brasil e no mundo, tendo em vista que o vírus continua circulando e com novas variantes emergindo, cenário que continua desafiando antigenicamente as vacinas. |