Efeito da hipóxia intermitente sobre a capacidade aeróbia de atletas de provas de longa duração
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2781357 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49008 |
Resumo: | Introdução: Os efeitos do treinamento hipóxico intermitente (THI) são altamente dependentes da intensidade, frequência e duração do treinamento, dose de altitude utilizada, frequência e duração de exposição à altitude, entre outros. Devido à grande heterogeneidade de desenho experimental dos estudos encontrados na literatura, os resultados relacionados às adaptações fisiológicas resultantes do THI são conflitantes. Além disso, poucos estudos trouxeram a proposta de acompanhar a velocidade de perda das adaptações fisiológicas resultantes da combinação entre treinamento e altitude. Assim, investigamos 1) a influência do THI sobre a melhora da capacidade aeróbia; 2) a ocorrência da perda das adaptações fisiológicas após o THI; e 3) a influência da exposição hipóxica intermitente (EHI) no repouso sobre a redução da possível perda das adaptações fisiológicas adquiridas após o THI. Métodos: Vinte e seis corredores treinados [20 homens e 6 mulheres com idades de 34 ± 2 anos, consumo máximo de oxigênio (V?O2max) de 55,9 ± 1.6 ml/kg/min] foram divididos em 3 grupos experimentais: HH, treinamento hipóxico e exposição hipóxica em repouso; HN, treinamento hipóxico e exposição normóxica em repouso; NN, treinamento em normóxia e exposição normóxica em repouso. Por 6 semanas, os atletas do grupo HH (n=11) e HN (n=9) realizaram 2 sessões de THI por semana, com FIO2 de 16%, enquanto os atletas do grupo NN (controle; n = 6) realizaram a mesma rotina em normóxia (FIO2 = 20,9%). Nas 4 semanas seguintes, os atletas do grupo HH realizaram sessões de EHI em repouso (FIO2 = 16%), 2 vezes por semana, enquanto os atletas dos grupos HN e NN realizaram a mesma rotina em normóxia (FIO2 = 20,9%). Os atletas não estavam cientes sobre qual grupo haviam sido alocados e mantiveram sua rotina habitual de treinamento, com exceção dos dias no laboratório. Foram avaliados parâmetros hematológicos, medidas cardiorrespiratórias submáximas e máximas em normóxia pré-THI, pós-THI e pós-EHI. Resultados: Não houve alteração na concentração de hemoglobina, porém houve melhora do limiar de lactato e na eficiência metabólica em todos os grupos pós-THI (P < 0,05 vs. pré-THI). Houve melhora do V?O2max e dos limiares anaeróbios ventilatórios 1 e 2 apenas nos grupos hipóxicos (P < 0,05 vs. pré-THI). A maior parte das adaptações ao treinamento foi mantida nos 3 grupos até o período de reavaliação pós-EHI. Conclusão: O THI induziu uma melhora da capacidade aeróbia mais pronunciada do que o treinamento em normóxia. Não houve perda das adaptações fisiológicas por 4 semanas após o término do THI, com ou sem a influência da EHI. Assim, o THI pode ser uma ferramenta útil na indução de uma melhora da capacidade aeróbia sustentada de atletas de nível aeróbio intermediário. |