Investigação do efeito profilático da imunização com o adenovírus codificando a proteína ASP2, na incidência de ninhos de amastigotas e alterações patológicas nos tecidos de camundongos

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Dias, Thayza Aires [UNIFESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
• Palavras-chave em Português: Trypanossoma cruzi; Dença de Chagas; Vacinas; ASP2; Trypanosoma cruzi; Chagas disease; Vaccine
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/72281

A doença de Chagas é multifatorial, com envolvimento de inúmeros eventos celulares, moleculares, bioquímicos e fisiológicos que atuam direta ou indiretamente no aparecimento das lesões produzidas por Trypanossoma cruzi (T. cruzi) no hospedeiro vertebrado. O objetivo do estudo foi realizar uma quantificação e mapeamento nos principais tecidos acometidos com a doença de Chagas, compreendendo os achados histopatológicos, durante a infecção por T. cruzi em modelos de camundongos A/Sn. Para tanto, um total de 24 camundongos machos A/Sn, foram distribuídos em 4 grupos, com 6 animais cada: grupo 1 (controle), os animais não foram submetidos a imunização com a AdASP2 ou infecção; grupo 2 Adβgal: os animais foram imunizados por via intranasal (IN) com duas doses da vacina Adβgal, sendo a primeira dose no dia zero e a segunda dose no 21º dia e posteriormente infectados com T. cruzi no 42º dia. Grupo 3 AdASP2 (IN): os animais foram imunizados por via intranasal (IN) com duas doses da vacina AdASP2 sendo a primeira dose no dia zero e a segunda dose no 21º dia e posteriormente infectados com T. cruzi no 42º dia; grupo 4 AdASP2 (IM): os animais foram imunizados por via intramuscular (IM) com duas doses da vacina AdASP2 a primeira dose no dia zero e a segunda dose no 21º dia e posteriormente infectados com T. cruzi no 42º dia; No 57º dia, todos os animais foram eutanasiados e 5 tecidos foram avaliados: cardíaco, gástrico, hepático, tecido do cólon e quadríceps. A imunização de camundongos com adenovírus que codifica a proteína ASP2 resultou em redução significativa da gravidade das alterações histopatológicas e da presença de ninhos de amastigotas nos tecidos cardíaco, gástrico e hepático, em comparação com os animais apenas infectados com T. cruzi. Os tecidos mais susceptíveis à infecção foram coração, fígado e estômago. Com a imunização, foi percebida na diminuição dos ninhos em três dos tecidos analisados nesse estudo. Além disso, o processo de imunização, tanto intramuscular quanto nasal foi eficiente na diminuição das alterações histológicas dos tecidos avaliados nesse estudo. Esses resultados indicam o potencial da vacina com finalidade terapêutica para tratamento da doença de Chagas.