Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Kogawa, Débora Elize [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71356
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Resumo: |
A palavra, tomada aqui como a arena de disputa de valores, é capaz de refletir e refratar realidades distintas. Sendo assim, esta pesquisa surge pela Análise Dialógica do Discurso, que compreende os discursos como uma orientação ideológica, motivada por um processo histórico-social que movimenta sentidos a partir do que fazem refletir e refratar pelos signos. Complementa-se a este trabalho processos categorizantes imbricados no processamento da linguagem, em uma colaboração com a Linguística Cognitiva que integra o quadro teórico para a análise linguístico-discursiva. Pretende-se identificar os mecanismos dialógicos por meio dos quais se dá a tensão ideológica em torno da palavra reforma e os discursos que lhe dão sentido na cobertura jornalística da reforma da previdência entre os anos 2016 e 2019 no Brasil, 2019 e 2020 na França. O intelectual francês Éric Hazan classifica a construção simbólica reforma como máscara, diante disto, busca-se examinar o fenômeno da eufemização, proposto por ele como uma tendência da produção linguageira da pós-modernidade. À vista disso, surge um olhar atento às tendências neoliberais que influenciam a atualidade tornando possível o aparecimento de duas cosmovisões nas reportagens selecionadas para exame: a mercadológica, que funciona a partir da condição econômico-monetária; e, em oposição, a cosmovisão provisional, que funciona a partir da condição de bem-estar social. Assim, o objetivo desta pesquisa é descrever a materialidade verbal que movimenta os discursos em torno da reforma da previdência e verificar o funcionamento desses discursos no contexto brasileiro e francês, cinquenta anos depois do período analisado por Hazan. |