Nem Modernidade, Nem Uniformidade: as escolas isoladas da cidade de São Paulo (1894-1919)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Felipe, Adilson Ednei [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69091
Resumo: O presente estudo é o resultado de pesquisas e considerações realizadas ao longo do curso de doutoramento em Educação na linha de pesquisa de História da Educação, em que as escolas isoladas existentes na capital de São Paulo entre os anos de 1894 e 1919 foram definidas como objeto de estudo. A delimitação temporal foi fundamentada em dois ordenamentos legais: o Decreto nº 248 de 26 de julho de 1894, quando as escolas isoladas são citadas pela primeira vez em um instrumento legal, e a Lei nº 1.710, de 27 de dezembro de 1919, em que fica estabelecido o desdobramento de horários de aulas, com o objetivo de ofertar maior número de vagas, intentando suprir a necessidade de atendimento das crianças em idade escolar, demonstrando, assim, a relevância das escolas isoladas no processo de alfabetização da população. As fontes utilizadas para cumprir tal propósito foram compostas pelos Annuarios do Ensino do Estado de São Paulo, relatórios e cartas, listas nominativas, veículos de imprensa, listas de matrículas e relatórios de professores – bem como documentação cartográfica. Tais fontes estão disponíveis, em suportes físicos e digitalizados, no acervo do Arquivo do Estado de São Paulo, no Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, no acervo do jornal O Estado de São Paulo, no acervo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e no acervo da Biblioteca Nacional. Os dados coletados foram catalogados e categorizados, visando análise qualitativa permeada pelos elementos constituintes da História Cultural e da História da Educação, relacionadas, por sua vez, às categorias analíticas de classe, representação e escola, constituindo contributo para o conhecimento e entendimento da História da Educação na capital paulistana. A pesquisa tencionou entender a Educação Primária na capital, sob a luz das escolas isoladas, visto que estas atendiam grande parte das crianças em idade escolar. Como resultado das pesquisas foi possível observar a relação entre as condições das regiões em que se encontravam as escolas isoladas e as condições da própria escola. Além disso, foi possível demonstrar que estas escolas estavam, apesar das dificuldades, acompanhando de alguma forma a própria dinâmica da urbanização da cidade de São Paulo, identificando sua presença em regiões em que já havia grupos escolares e mesmo em regiões privilegiadas, demonstrando a sua importância na disseminação do Ensino Primário e, consequentemente, da cultura letrada nos diversos espaços da cidade.