Avaliação dos níveis de óxido nítrico e estresse oxidativo e sua associação com a enzima conversora de angiotensina em pacientes com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mouro, Margaret Gori [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=773274
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23155
Resumo: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma das doenças que tem atingido a população mundial ocasionando graves consequências para a saúde deste contingente. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de óxido nítrico (NO), estresse oxidativo, correlacionando com a atividade da enzima conversora de angiotensina (ECA), em pacientes com DM2. Foram coletadas amostras de sangue e urina isolada em pacientes saudáveis (CTL) e diabéticos tipo 2 (DM2) de ambos os sexos. Nestes pacientes avaliamos: índice de massa corporal (IMC), pressão arterial média (PAM), glicemia de jejum, hemoglobina glicada, creatinina sérica, colesterol, triglicérides, albuminúria, NO, substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a atividade da ECA. Nossos resultados mostraram alterações em alguns parâmetros dos pacientes diabéticos. O IMC (Kg/m2) apresentou diferença significante somente no gênero feminino (29,6±5 mulher DM2 vs 25,8±4 mulher CTL; P<0,05). A PAM (mmHg) mostrou diferenças entre: mulher CTL vs homem CTL (88,4±8 vs 100,9±12; P<0,05) e mulher DM2 vs mulher CTL (100,0±14 vs 88,4±8; P<0,05). Já as medidas a seguir foram significantes em ambos os gêneros, mulher DM2 vs mulher CTL e homem DM2 vs homem CTL: glicemia de jejum (mg/dL) (141±64 vs 77±11; P<0,05) e (146±6 vs 81±11; P<0,05); hemoglobina glicada (%) (8,00±2 vs 4,99±5; P<0,05) e (8,00±2 vs 5,09±0,4; P<0,05) e triglicérides (mg/dL) (177,00±90 vs 88,5±27; P<0,05) e (187,00±102 vs 121±88; P<0,05), ou seja, todos elevados quando comparados a seus respectivos controles. Os resultados do NO (µmol/L) apresentaram tendência de aumento nos níveis urinários; entretanto houve um significante aumento nos níveis séricos de ambos os gêneros (67,69 ± 0,5 mulher DM2 vs 37,85 ± 0,3 mulher CTL) e (72,81 ± 0,6 homem DM2 vs 37,05 ± 0,3 homem CTL) P<0,05. A atividade da ECA (nmol/mL) tendeu a aumentar nos pacientes DM2 do gênero masculino; entretanto houve um significante aumento no gênero feminino (73,33 ± 3,24 mulher DM2 vs 46,83 ± 2,61 nulher CTL; P<0,05). As alterações da pressão associadas ao DM2 poderiam ser responsáveis pelo aumento dos níveis de albuminúria (mg/L), como observado em ambos os gêneros: mulher DM2 vs mulher CTL (82,56±4,08 vs 5,13±0,1; P<0,05) e homem DM2 vs homem CTL (113,15±3,87 vs 5,65±0,3; P<0,05). Notavelmente, os níveis de TBARS no soro não mostraram alterações, contudo os níveis urinários de TBARS (nmol/L) encontravam-se mais elevados no grupo homem DM2 quando comparado ao grupo mulher DM2. Em suma, nosso estudo sugere que o DM2 induz mudanças nos níveis de NO em ambos os gêneros. A atividade da ECA e o TBARS apresentaram diferenças entre os gêneros. Os níveis de NO não estão associados à atividade da ECA. Mais estudos são necessários para esclarecer se as diferenças entre os gêneros na atividade da ECA e no TBARS poderiam estar associadas com a progressão da nefropatia diabetica ou na progressão do DM2 nos pacientes.