Análise funcional de antígenos câncer/testículo em linhagens celulares de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carlin, Viviane [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2802119
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48223
Resumo: O Carcinoma Espinocelular de Cabeça e Pescoço (CECP) é a sexta neoplasia mais frequente no mundo. Aproximadamente um terço dos pacientes apresentam-se em estágios iniciais e são tratados com cirurgia ou radioterapia, com taxas de cura de 70-90%. Entretanto, a maioria dos pacientes é diagnosticada com doença em estágio avançado. Essa situação requer tratamento radical, com cirurgia, normalmente, seguida de radioterapia pós-operatória ou quimioterapia, associados com toxicidade aguda e sequelas. Apesar dos recentes avanços nas técnicas de cirurgia e radioterapia, aproximadamente metade dos tumores em estágio avançado apresentam recidivas nos dois primeiros anos após o tratamento. Outra preocupação é que, os casos de CECP apresentam baixas taxas de sobrevida global em cinco anos e, apesar dos esforços na tentativa de melhorar essas taxas, este índice permanece ao redor 50%. O desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas integradas às já existentes é de grande interesse para aumentar a taxa de sobrevida dos pacientes acometidos por esta doença maligna. A imunoterapia pode ser uma alternativa para as formas atuais de tratamento. Os antígenos câncer/testículo (CTAs) são expressos em tumores humanos de diferentes origens histológicas, mas não são comumente encontrados em tecidos normais, exceto testículo e placenta. Esse padrão restrito ao tumor, e sua alta imunogenicidade, evidenciam os CTAs como alvos ideais para abordagens imunoterapêuticas. Uma análise prévia dos CTAs expressos em CECP demonstrou que HORMAD1 e XAGE1 são frequentemente expressos nesses tumores. Objetivos: Melhor entender o papel dos CTAs HORMAD1 e XAGE1 na carcinogênse dos CECP, avaliando a função desempenhada por estas proteínas em diferentes processos tumorigênicos. Métodos: A expressão de HORMAD1 e XAGE1 foi avaliada em diferentes linhagens celulares de CECP por RT-PCR e esta expressão foi silenciada por shRNA. Ensaios funcionais foram realizados para avaliar o impacto da ausência de HORMAD1 e XAGE1. Resultados: A expressão de HORMAD1 e XAGE1 foi silenciada na linhagem celular JHU-028 e confirmada através de ensaios de Western Blot e qRT-PCR respectivamente. Os ensaios funcionais revelaram que a ausência de HORMAD1 levou a uma redução na proporção de células na fase G1 do ciclo celular e aumento na fase S, a uma diminuição da capacidade de migração e invasão celular e a um aumento nas taxas de apoptose e proliferação celular. O silenciamento do gene XAGE1 nesta mesma linhagem celular apresentou significativa associação com a redução da capacidade de invasão celular. Conclusões: Os resultados dos ensaios in vitro indicam que HORMAD1 e XAGE1 contribuem para o processo de tumorigênese dos CECP.