Efeitos da pleurotomia na mecânica pulmonar e trocas gasosas após cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Tavolaro, Kelly Cristiani [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24178
Resumo: OBJETIVO: Avaliar os efeitos da pleurotomia na mecânica pulmonar e trocas gasosas após cirurgia de revascularização do miocárdio (RM), utilizando enxerto de artéria torácica interna esquerda (ATIE), sem circulação extracorpórea (CEC). MÉTODO: Trinta e dois pacientes foram alocados prospectivamente em dois grupos: grupo PA (n=16 pacientes com abertura da cavidade pleural esquerda); grupo PI (n=16 pacientes com cavidade pleural intacta). Todos os pacientes foram submetidos às medidas de complacência pulmonar e resistência de vias aéreas durante a cirurgia de RM, antes da abertura do tórax e após o fechamento do tórax. Nestes momentos também foram avaliados os gases sanguíneos arteriais e o shunt pulmonar. RESULTADOS: Ambos os grupos obtiveram queda significante da complacência estática após o fechamento do tórax (p<0,0001) mas quando comparados entre si o grupo PA obteve queda significantemente maior (p=0,017). Houve queda da complacência dinâmica para ambos os grupos (p<0,0001), no entanto, entre os grupos não houve diferença significante (p=0,13). A resistência de vias aéreas aumentou em ambos os grupos (p<0,05), porém o grupo PA mostrou maior aumento (p=0,013). Houve decréscimo da PaO2 em ambos os grupos (p<0,0001) com maior queda para o grupo PA (p=0,046). O shunt pulmonar aumentou em ambos os grupos (p<0,0001), mas o grupo PA apresentou maior aumento (p=0,046). O tempo de intubação orotraqueal (p=0,041) e a permanência no hospital (p=0,0004) foram menores no grupo PI. CONCLUSÃO: A cirurgia de RM, utilizando enxerto de ATIE sem CEC, independente da abertura pleural induziu um significante prejuízo na mecânica pulmonar e trocas gasosas após fechamento do tórax. Entretanto os pacientes submetidos à pleurotomia demonstraram um decréscimo maior da complacência estática e aumento mais acentuado da resistência de vias aéreas e do shunt pulmonar quando comparado aos pacientes com pleura intacta.