Funções musicais, memória musical-emocional e volume amigdaliano na doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Correia, Cléo Monteiro França [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21580
Resumo: Objetivos: Avaliar o desempenho de pacientes com doenca de Alzheimer (DA) e controles nos testes de avaliacao das funcoes musicais. Correlacionar os achados da avaliacao neuropsicologica com os das funcoes musicais. Comparar o desempenho dos pacientes com DA e o dos controles no teste de memoria sonora nao-verbal e correlacionar os achados da avaliacao da memoria musical-emocional com a volumetria dos corpos amigdaloides e hipocampos em pacientes com doenca de Alzheimer e controles. Metodos: Foram examinados pacientes com provavel DA em fase inicial e controles atraves dos Testes para Avaliacao do Ritmo Espontaneo, das Funcoes Musicais (envolvendo os aspectos perceptivos, gnosicos, gnosico-praxicos e de transposicao) e da Memoria musical-emocional, parte da Bateria Neuropsicologica Breve (NEUROPSI), teste de memoria logica e o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Realizou-se a volumetria das estruturas temporais mediais atraves da ressonancia magnetica. Resultados: Foram avaliados 15 pacientes com DA e 16 controles. Os grupos eram semelhantes nas variaveis demograficas. O grupo de pacientes com DA mostrou bom desempenho na maioria dos testes perceptivos, com excecao do relacionado a duracao sonora e parte dos testes gnosico-praxicos, mas apresentou comprometimento nos Testes de Memoria para Sons Nao-verbais, de Transposicao Audiovisual e de Memoria Auditiva Nao-verbal. O ritmo espontaneo foi mais rapido que nos controles. Houve associacao significante entre a cognicao geral, mensurada pelo MEEM, e o Teste de Memoria Auditiva para Sons Nao-verbais e entre os Testes de Memoria musical-emocional e o de Memoria Logica. Quanto maior a volumetria do corpo amigdaloide e hipocampo, maior o escore na rememoracao autobiografica, criacao de imagens mentais e contextualizacao das musicas. Conclusoes: Os resultados sugerem que precocemente na DA pode haver comprometimento da percepcao do tempo e do reconhecimento de sons do meio-ambiente. Por outro lado, a memoria explicita mostra-se prejudicada na fase inicial da doenca, enquanto que a memoria musical mostra-se preservada principalmente para musicas familiares. Esses dados permitem supor que a estimulacao da memoria musical pode se tornar um recurso possivel para a reabilitacao na DA