Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lourenço, Cecília [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67481
|
Resumo: |
Introdução: A cefalexina é um antibiótico beta-lactâmico pertencente à primeira geração de cefalosporinas. Trata-se de um composto com ampla aceitação clínica, eficaz contra uma variedade de infecções bacterianas, cuja comercialização anual supera 13 milhões de unidades apenas no Brasil. A degradação forçada desse medicamento leva a misturas complexas de subprodutos cujo conhecimento é essencial para avaliação de possíveis efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Objetivos: Nesta dissertação, o objetivo foi elaborar uma metodologia para análise de subprodutos de cefalexina gerados sob condições extremas de estresse físico-químico. Buscou-se desenvolver e validar um protocolo cromatográfico (HPLC) para dosagem do antibiótico em amostras submetidas à degradação, além da avaliação de métodos de espectrometria de massas (MS) e de ressonância magnética nuclear (RMN) para determinação das espécies geradas. Métodos: Soluções de cefalexina foram submetidas a seis condições de degradação: hidrólise em meio ácido e alcalino, oxidação induzida por H2O2 e CuSO4, termodegradação e fotodegradação. As amostras foram analisadas por LC-MS com ionização via eletrospray para determinação das concentrações da molécula íntegra, e uma listagem de compostos relacionados à cefalexina e aos excipientes usados na formulação de comprimidos foi levantada a partir de dados da literatura. As estruturas moleculares desses compostos foram analisadas computacionalmente para determinar suas massas moleculares e simular os respectivos espectros de RMN de prótons. As amostras foram investigadas experimentalmente por HPLC-MS e RMN e os espectros obtidos foram confrontados com as simulações teóricas. Resultados: O método cromatográfico calibrado permitiu a detecção de concentrações de cefalexina a partir 0.250 mg/ml com precisão de 5.57%. Essas análises indicaram taxas extremamente altas de transformação da molécula, com valores entre 50 e 100% de degradação, tanto em amostras contendo apenas o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) quanto em formulações preparadas com comprimidos comercialmente disponíveis. Análises de MS e RMN permitiram identificar alguns dos principais subprodutos formados, incluindo o ácido cefalosporínico e suas versões descarboxiladas, o grupo ácido 7-desacetoxiaminocefalosporânico, além das formas oxidada e dimérica da cefalexina. Conclusões: Em suma, neste trabalho conseguimos desenvolver e validar um protocolo cromatográfico capaz de dosar concentrações de cefalexina em amostras submetidas a condições extremas de estresse. Além disso, o levantamento de uma listagem com as estruturas moleculares de subprodutos relacionados ao antibiótico mostrou-se uma abordagem inicial bastante útil para auxiliar na identificação de compostos em misturas complexas como as geradas sob condições de degradação forçada. |