Prevalência de rinite mista em crianças e adolescentes acompanhados em um serviço de referência em alergia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Manhães, Isabella Burla [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70735
Resumo: Objetivo: Elaborar um questionário sobre irritantes nasais para crianças e adolescentes; definir a prevalência de rinite mista em crianças e adolescentes atendidos em um centro de referência em alergia; comparar características clínicas dos pacientes com rinite mista (RM) vs rinite alérgica (RA). Métodos: Estudo transversal analítico, com amostra de conveniência de pacientes entre 8 e 18 anos de idade, acompanhados regularmente no serviço, com diagnóstico prévio de RA. Foi elaborado um questionário de irritantes nasais e, de acordo com a pontuação, definidos dois grupos: alta impacto = RM e baixo impacto = RA. Além disso, foram avaliados escores de controle de sintomas e uma escala de distúrbios de sono, assim como os resultados dos testes alérgicos, presença de outras doenças alérgicas e exposição intradomiciliar a alérgenos inalantes. Resultados: Foram incluídos 126 pacientes. O questionário inicial teve 27 perguntas, com respostas do tipo sim/não, que foi aplicado a um grupo piloto de 40 pacientes. Seis perguntas foram excluídas, por terem positividade de resposta inferior a 20%. Outras três perguntas foram agrupadas. O questionário de irritantes nasais final ficou com 18 perguntas, com respostas pontuadas 0 a 10, onde 10 correspondia ao pior cenário. O número de respostas com pontuação de pelo menos 5 foi usado para definir tercis, e o grupo a partir do 3º tercil foi definido como ‘alto impacto’ (RM). Os outros tercis foram considerados ‘baixo impacto’ (RA). Cinquenta e quatro pacientes (42,9%) foram diagnosticados como tendo RM, e 72, RA. Houve predominância do sexo masculino, mediana da idade atual foi 13 anos, com início de sintomas aos 3 anos, totalizando 9 anos de doença. Não houve diferença significante entre os grupos em relação a sexo, idade, idade de início de sintomas, tempo de doença, sensibilização alérgica, outras doenças alérgicas e exposição a alérgenos intradomiciliares. Houve efeito do grupo sobre a pontuação no RCAT (Rhinitis Control Assessment Test) e na EVA (Escala Visual Analógica), com o grupo RM apresentando pior controle dos sintomas. Na escala de avaliação do sono, houve diferença significante na pontuação total e nas subescalas DIMS (Distúrbios do Início e Manutenção do Sono), DD (Distúrbios do Despertar) e DTSV (Distúrbios da Transição Sono-Vigília), com o grupo RM apresentando pontuações mais altas. Também houve diferença entre os grupos em cada uma das perguntas do questionário final de irritantes nasais. Conclusão: Pelo menos oito perguntas com resposta positiva e pontuação a partir de 5, no questionário elaborado nesse estudo, demonstrou ser um bom ponto de corte para diferenciar essa população entre os diagnósticos de RA e RM. A prevalência de rinite mista foi importante nessa população e apresentou piores pontuações nos escores de controle de sintomas.