O flúor pode ser considerado um agente genotóxico in vivo? Uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Drummond, Giovana Wagner Branda [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SCE
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69454
Resumo: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática (RS) para investigar a literatura científica sobre os efeitos genotóxicos da exposição ao flúor (EF). As diretrizes do PRISMA-P foram utilizadas nesse cenário. A ferramenta PICOS (Participantes, Intervenção, Comparação, Desfecho e Desenho do estudo) adotou responder à seguinte questão: "O flúor pode ser considerado um agente químico genotóxico in vivo?" As bases de dados utilizadas para este estudo foi PubMed/Medline, SCOPUS e Web of Science. A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada por meio do EPHP (Effective Public Health Practice Project). Um total de 20 estudos foram selecionados para avaliar a genotoxicidade induzida pelo flúor. 7 estudos demonstraram resultado positivo enquanto 13 estudos demonstraram resultados negativos. Após a revisão dos vinte estudos, 2 foram classificados como fracos, 4 foram considerados moderados e 14 foram considerados fortes, de acordo com a EPHPP. Dos 20 somente 16 estudos foram incluídos na metanálise devido a classificação como fraco e não descrição adequada de desvio padrão. A metanálise dos estudos de micronúcleos (MN) em fígado e medula óssea não mostrou diferença estatisticamente significativa (p=0,07). Nos estudos de troca de cromátides irmãs (ECS) em linfócitos também não diferiram estatisticamente significativamente (p=0,80). Para o ensaio de cometa (SCGEA), os estudos revelaram diferença estatisticamente significante com F em relação ao controle nos rins (SMD=2.09, 95% CI, 0.74 to 3.45, p<0.001), com Tau2=1,44; Chi2=566,38 e p=0,002, de modo que os estudos selecionados foram considerados heterogêneos e o I² de 87% indicou alta heterogeneidade. Em conjunto, foi estabelecido que a genotoxicidade do flúor é limitada e dose dependente.