Influência de um ambiente hiperglicêmico na geração de inflamação e o papel desse fator no desenvolvimento do melanoma murino B16F10-NEX2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Freitas, Larissa Almeida de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67408
Resumo: Diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado uma forte correlação entre a ocorrência de diabetes e o risco aumentado para o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. Vários mecanismos biológicos associando essas duas doenças tem sido proposto, sendo a hiperglicemia um dos potenciais mediadores que as associam. Estudo anterior do nosso grupo mostrou uma correlação positiva entre a hiperglicemia e o maior desenvolvimento do melanoma subcutâneo B16F10-Nex2 in vivo, sendo este efeito dependente da maior concentração de macrófagos e secreção de óxido nítrico (NO) por estas células no microambiente tumoral. Diante disso, este trabalho propõe avaliar a influência da inflamação, no microambiente tumoral e sistemicamente, para o maior desenvolvimento do melanoma subcutâneo B16F10-Nex2 em animais com hiperglicemia sistêmica. Também investigamos in vitro como um ambiente tumoral hiperglicêmico modula o fenótipo de macrófagos derivados de progenitores de medula óssea (BMDMs), para avaliar como essas células são influenciadas localmente. Células tumorais B16F10-Nex2 foram inoculadas subcutaneamente em animais normo ou hiperglicêmicos, cuja hiperglicemia foi previamente induzida pela administração intraperitoneal de estreptozotocina (STZ). Os tumores foram coletados após 16 dias, e observou-se um aumento no número de macrófagos e linfócitos T reguladores intratumorais, associado a um aumento na concentração de IL-10, nos tumores dos animais hiperglicêmicos comparativamente aos animais normoglicêmicos. A análise sistêmica de marcadores inflamatórios mostrou uma menor concentração de IFN- nos linfonodos dos animais hiperglicêmicos, mas concentrações semelhantes de IFN- e IL-10 nos baços dos animais normo e hiperglicêmicos. Macrófagos derivados de progenitores de medula óssea estimulados com homogenatos de tumores isolados de animais hiperglicêmicos produziram menores concentrações de NO, o que sugere que no microambiente tumoral desses animais há um predomínio de uma resposta Th2. Nossos resultados sugerem que a hiperglicemia induz a formação de um ambiente anti-inflamatório que pode estar envolvido no maior desenvolvimento tumoral observado em condições de hiperglicemia.