Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Takayanagi, Lina Solange Vargas Perez [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67465
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Resumo: |
Atualmente, um contingente considerável de pessoas vive em situação de rua, principalmente nas grandes cidades, no Brasil e no mundo. Esse fenômeno está relacionado com o aumento das desigualdades sociais, com o desemprego, o empobrecimento e a privação de bens e direitos. A vida nas ruas por período prolongado leva à diminuição e perda de vínculos sociais, exposição à violências e preconceitos, carência de itens básicos à sobrevivência, o que pode levar ao agravamento de condições de saúde, tanto físicas quanto mentais. Mulheres que vivem na rua são minoria em relação aos homens, contudo estão mais expostas a situações de vulnerabilidade e violência. O objetivo principal deste estudo foi compreender a percepção de mulheres em situação de rua sobre suas necessidades de saúde, em uma região do município de São Paulo (SP). Realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade, de oito mulheres que vivem em situação de rua em territórios da região Sudeste do município de São Paulo, cisgênero e transgênero, tendo como referência o método da história de vida. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas. A partir do conteúdo dessas entrevistas e do diário de campo, foram elaboradas narrativas das histórias de vida que foram analisadas a partir da técnica da análise de conteúdo. As necessidades relatadas pelas mulheres em situação de rua vão muito além das necessidades de saúde relacionadas a fatores biológicos e serviços de saúde. Suas identidades pessoais e coletivas, bem como suas condições de vida expandem os limites das necessidades em saúde dessas mulheres. Suas principais necessidades estão relacionadas a ter uma casa para morar, com os filhos; viver sem preocupação, a cada dia, se conseguirá comer alguma coisa; olhar as pessoas na rua sem ser julgada e/ou discriminada; viver sem medo de sofrer violências de pessoas e/ou do Estado. O acesso a serviços de saúde não foi destacado como problema relevante para essas mulheres. E, apesar de presentes em seus cotidianos, observou-se que esses serviços parecem não conseguir escutar os pedidos de socorro destas mulheres e dar encaminhamentos compatíveis a suas necessidades e expectativas. Explicitaram que o maior sonho era ter uma moradia digna, que não fosse a rua ou a calçada; essa seria a necessidade prioritária para essas mulheres. |