Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Farias, Camila [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71433
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Resumo: |
O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo devido a sua alta probabilidade de gerar metástases. Essa agressividade ocorre, entre outros fatores, devido à plasticidade celular, isto é, a capacidade das células de alterarem seu fenótipo em resposta à adaptação ao microambiente. No melanoma, as células transitam de um fenótipo altamente proliferativo e diferenciado para um fenótipo pouco proliferativo e indiferenciado. Os microRNAs tem demonstrado importante papel nesse processo, pois regulam os mRNAs de moléculas clássicas de diferenciação fenotípica. Nosso laboratório possui linhagens celulares de melanoma que apresentam tanto o fenótipo indiferenciado e mesenquimal-like (4C11-) quanto o altamente proliferativo e diferenciado (4C11+), o que caracteriza um modelo ideal de estudo da plasticidade celular. O objetivo do nosso estudo é identificar e avaliar o efeito de microRNAs e seus mRNAs alvos na regulação da plasticidade celular no melanoma. Partimos de uma análise prévia de expressão gênica de miRNAs nas linhagens celulares, realizada por Nanostring e Taqman MicroRNA Array, que identificou microRNAs com expressão diferencial nas células 4C11- e 4C11+. A partir daí selecionamos o mmu-miR-138/2-5p e o mmu-miR-125a-5p para prosseguir com nossos estudos. Foi feita a superexpressão do miR-138/2-5p nas células 4C11-, que resultou no aumento da capacidade de migração das células e da expressão dos marcadores de plasticidade celular Mitf e Sox10 e na redução da expressão de Sox9. A inibição do miR-138 não apresentou efeito nos ensaios realizados. Realizamos uma análise de co-expressão de microRNAs e mRNAs e identificamos moléculas com expressão inversa ao miR-138/2, como Acvr1b, Notch2 e Trp53. Selecionamos o Trp53 para ser silenciado nas células 4C11-, e observamos aumento da proliferação, de clonogenicidade e da resistência à Dacarbazina, além da redução de migração individual. Esses resultados demonstram que o silenciamento do Trp53 pode induzir características de maior agressividade nas células. Realizamos também a superexpressão do miR-125a-5p nas células 4C11+, porém não observamos efeitos significativos nos ensaios realizados. Na análise de co-expressão, identificamos Cdkn1c (p57/KIP2) com a expressão inversa ao miR-125a-5p. A superexpressão do miR-125a-5p resultou na expressão reduzida de Cdkn1c. Já a inibição do miR-125a-5p nas células 4C11- resultou na redução na taxa de migração individual e aumento na expressão de MITF e SOX10. Os dados obtidos apontam os miRNAs analisados como potenciais marcadores de estados fenotípicos do melanoma, já que o miR-138-5p induz o fenótipo diferenciado e o miR-125a-5p, o fenótipo indiferenciado e mesenquimal-like. |