Relações de poder e feminização da pobreza na sociedade punitiva: o encarceramento feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vasconcelos, Beatriz Alves [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69258
Resumo: A condição social da mulher foi e ainda é encaminhada para lugares de subalternidade, cuja função é limitada aos espaços privados e ao cumprimento de uma docilidade. O objetivo da presente pesquisa é, partindo da construção sócio-histórica de Michel Foucault sobre a sociedade punitiva, examinar suas atualizações através do enfraquecimento da potência do gênero feminino e sua subalternidade a partir da perspectiva do encarceramento. A hipótese levantada é a de que instituições sociais como prisões, escolas e igrejas possuem relevante destaque na criação e no reforço do exercício de submissão feminina, onde sobrevivem condições de opressão, violência e miséria. Para tanto, utilizar-se-ão concepções de Michel Foucault (1997a; 1997b; 2006; 2008; 2012; 2014; 2015) para a compreensão do despojamento do poder feminino no corpo social. Para explicar as consequências das práticas neoliberais entre a camada mais desprivilegiada - as mulheres negras e pobres -, o conceito de feminização da pobreza será adotado como categoria de análise. A relevância desta pesquisa está em chamar a atenção para a responsabilidade de uma moral racista, patriarcal e neoliberal na constituição de marginalização notável dessas mulheres quando encarceradas e no estabelecimento de novas pesquisas e políticas públicas voltadas para a atenção e o cuidado deste público.